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Introdução à Robótica

por Diretoria-Geral de Tecnologia da Informação publicado 11/12/2017 10h00, última modificação 11/12/2017 10h00
Confira o primeiro artigo do Blog

Robótica é um assunto fascinante e controverso. De um lado, todo o fascínio que a tecnologia traz, e do outro, o medo que o avanço tecnológico possa vir a substituir a mão-de-obra humana.

 De fato, quanto mais a robótica avança mais pessoas podem vir a ser substituídas em seus postos de trabalho. E do ponto de vista tecnológico e financeiro isso é um grande atrativo. As indústrias de tecnologia anseiam por mais investimentos que possam ajudar a avançar as pesquisas e subsidiar o desenvolvimento de projetos mais complexos e eficientes. Já as empresas visam a redução dos encargos trabalhistas e aumento da produtividade, uma vez que um único robô é capaz de substituir até dezenas de funcionários e elevar a produção, pois pode trabalhar diuturnamente, sem descanso e perda de desempenho.

 No Japão, por exemplo, um robô desenvolvido pela IBM substitui 34 funcionários em um escritório de seguros. O robô, chamado de Watson, é uma plataforma de computação cognitiva, que em outras palavras significa Inteligência Artificial. O ponto forte dessa tecnologia é a capacidade que ela tem de processar e compreender, em segundos, uma quantidade absurda de informação, de diversos tipos como áudio, vídeo e textos, e fornecer informações relevantes que contribuam para que os gestores tomem melhores decisões. A empresa japonesa investiu cerca de 1,7 milhão de dólares na implantação da plataforma, com um custo adicional, anual, de 128 mil dólares para manutenção, no entanto estima-se uma economia de 1,2 milhão de dólares por ano.

Outro exemplo, também no Japão, é de uma fábrica de carros que substituiu todos os funcionários por robôs, de tal forma que foi possível economizar até na conta de energia, uma vez que os robôs trabalham no escuro. As luzes só são ligadas, quando, eventualmente, alguma manutenção precisa ser realizada.

 Do lado humano e social, o avanço da robótica é preocupante. Há que se olhar esse cenário com bastante cuidado, pois o avanço desenfreado da robótica pode resultar numa grande desvalorização da mão de obra e aumento global do desemprego. As áreas com maior riscos são aquelas com tarefas repetitivas que possam ser facilmente automatizadas, como: telemarketing, condução de veículos e análise de crédito.

Os robôs já atuam em todas as áreas, da agricultura a aviação, passando inclusive pela medicina. Nessa última, há que se ressaltar que robôs são extremamente úteis em procedimentos que exijam delicadeza e precisão, como é o caso das cirurgias.

Podemos definir a robótica como um campo de estudo dinâmico, que usa conceitos de várias áreas, incluindo a Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e a Computação, com o objetivo de desenhar, construir e operar robôs. 

Por sua vez, definimos os robôs como uma máquina composta por um conjunto de componentes eletrônicos e software que pode, entre muitas atividades, se locomover, sentir o ambiente, processar informações e interagir com objetos. Mas o termo é abrangente e pode ser usado, também, para definir sistemas digitais baseados em inteligência artificial, como o Watson.

 De forma básica, um robô se divide em três partes: 

  • Microcontrolador - responsável pelo processamento das informações;
  • Sensores - usados para sentir o ambiente;
  • Atuadores - para interagir com objetos.

 

A popularidade da robótica vem alcançando níveis estratosféricos. Cada vez mais, crianças iniciam nesse universo mais novos e escolas estão aderindo a ideia de incluir a robótica na grade curricular. Quanto mais cedo esse contato acontece mais natural se torna a aceitação e o interesse pela área.

No IFPB, principalmente no Campus João Pessoa, é comum o envolvimento dos estudantes, seja do ensino técnico ou superior, com robôs nas disciplinas ou como atividade extracurricular. Inclusive, participando e conquistando prêmios importantes em competições regionais, nacionais, continentais e de nível mundial.

Visando uma maior difusão desse conhecimento tão interessante, iniciaremos uma série de artigos para ensinar os conceitos teóricos e práticos da robótica.

No próximo post, abordaremos os conceitos básicos da Eletrônica e explicaremos o funcionamento de alguns componentes que serão necessários para o desenvolvimento de um projeto de robótica.

 

Escrito por: 

  • Adjamilton Junior - Estudante de Engenharia Elétrica, duas vezes medalha de prata na Olimpíada Paraibana de Informática, participante da 1a Hackathon Globo, na casa do BBB, e criador do Bubu Digital, projeto finalista da HackBrazil, competição organizada pela Harvard University e o Massachusetts Institute of Technology. 
  • Júlio Coêlho - Estudante de Engenharia Elétrica, campeão mundial de robótica, medalhista de ouro na Olimpíada Paraibana de Informática e criador do Bubu Digital, projeto finalista da HackBrazil, competição organizada pela Harvard University e o Massachusetts Institute of Technology. 
  • Rychard Guedes - Estudante de Engenharia Elétrica, medalhista de Bronze na Olimpíada Paraibana de Informática, finalista na seletiva nacional da ICPC e criador do Bubu Digital, projeto finalista da HackBrazil, competição organizada pela Harvard University e o Massachusetts Institute of Technology.