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Ações inclusivas nas instituições educacionais

Esta edição do Fique por Dentro aborda algumas ações inclusivas que podem ser desenvolvidas nas instituições educacionais.
publicado: 29/03/2023 18h15 última modificação: 29/03/2023 18h15

Ações inclusivas nas instituições educacionais

            A inclusão educacional de estudantes com necessidades específicas (NEE) não se restringe à sua matrícula nem a ações de profissionais especializados, mas envolve o trabalho de toda a instituição.

            Esta edição do Fique por Dentro aborda algumas ações inclusivas que podem ser desenvolvidas nas instituições educacionais.

A instituição educacional e a perspectiva inclusiva

            A inclusão não se resume a receber estudantes com NEE, mas requer a promoção da sua participação na aprendizagem. Na perspectiva inclusiva, a instituição de ensino entende que todos os estudantes, com e sem NEE, são seus alunos. Assim, seu planejamento, políticas e ações consideram as diversas formas de acessar a aprendizagem.  

            Em relação ao planejamento, entendemos que algumas possibilidades para orientá-lo na perspectiva inclusiva são o Desenho Universal para a Aprendizagem e o Plano educacional individualizado.  O texto Planejamento das ações para inclusão na escola – PRIMEIROS PASSOS propõe algumas ações para planejar as adequações na instituição. Quanto às ações no dia a dia, há várias possibilidades. a postagem Papéis e ações cotidianas na promoção da inclusão de pessoas com deficiência traz exemplos de como colegas e membros da comunidade em geral podem  favorecer a inclusão de alguns estudantes. A seguir, trazemos dicas de ações que alguns setores e profissionais também podem realizar.

Ações desenvolvidas por profissionais e setores

            Cada profissional pode buscar formação na rede de ensino, em cursos oferecidos por outras instituições ou à distância.

            A gestão pode atuar no encaminhamento da acessibilidade arquitetônica, na aquisição de recursos e na contratação de profissionais específicos, encaminhar a constituição de setores que articulam as ações inclusivas, favorecer a alteração das normativas institucionais para ajustá-las à diversidade e favorecer a formação continuada na perspectiva inclusiva.

As reitorias de instituições multicampi também podem constituir órgãos para articular ações inclusivas em nível sistêmico. No IFPB, esse setor é a Coordenação de Ações Inclusivas, que propõe  projetos e ações visando a eliminação de barreiras, apoia e orienta os   NAPNEs e contribui com a formação dos profissionais dos núcleos.

Os setores como salas de recurso ou núcleos de inclusão não substituem as salas de aula para os estudantes com NEE. Na verdade, ofertam apoios específicos, como produção de material acessível e de tecnologias assistivas, orientam a comunidade educacional, professores e gestão. Nos campi do IFPB, o NAPNE exerce essa função. Os profissionais que atuam nesses setores oferecem apoio conforme as suas atribuições e as necessidades do estudante. Por exemplo, o transcritor e o revisor de textos Braille produzem material para usuários de Braille o intérprete de LIBRAS media a comunicação entre surdos e ouvintes. Não é sua função dar aulas aos estudantes sobre as disciplinas, mas favorecer o seu acesso às mesmas.

Já o professor da sala de aula é o professor dos estudantes com necessidades específicas. É ele quem domina a disciplina e quem deve ministrar o conteúdo para o estudante, promovendo adequações que acolham suas características.

            As ações acima precisam acontecer a partir da articulação entre os profissionais e setores. Alguns exemplos são a parceria necessária entre professores da sala de aula e profissionais que ofertam atendimentos específicos ao buscar alternativas para tornar as aulas acessíveis, ou a parceria entre setores específicos e as bibliotecas para a oferta de acervos acessíveis.  Cada profissional promove a inclusão ao realizar seu próprio trabalho, mas também precisa ser parceiro dos outros profissionais e setores, do estudante, da família e, se for o caso, dos profissionais que atendem o estudante externamente.     Cada instituição tem a própria realidade e muitas vezes há barreiras orçamentárias e falta de formação, mas é importante avaliar o que já é possível realizar. Não há fórmulas e muitas alternativas serão encontradas no dia a dia.