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Campus Sousa recebe estudante do Benim para intercâmbio acadêmico

Bolarinwa Faedollah Olorode faz parte do PEC-G e fará o curso de Bacharelado em Medicina Veterinária
por Amanda Tavares de Melo publicado: 27/02/2024 15h12 última modificação: 27/02/2024 15h14

O Campus Sousa do IFPB deu mais um importante passo rumo à interiorização da internacionalização, uma pauta considerada prioritária pela gestão da instituição. A vinda do estudante Bolarinwa Faedollah Olorode, natural do Benim, ao campus é fruto de uma parceria interinstitucional entre o IFPB, por meio da  Assessoria de Relações Institucionais e Internacionais (Arinter), e o Ministério das Relações Exteriores e faz parte das ações do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que oferece oportunidades educacionais gratuitas em mais de 100 instituições de ensino superior para estudantes estrangeiros.

Antes de chegar ao Campus Sousa, Faedollah participou, na última terça-feira (20), de uma cerimônia de recepção dos discentes africanos que vieram estudar no Brasil, o Welcome-Day, realizado no auditório da Reitoria do IFPB, em João Pessoa. Na ocasião, o estudante foi recebido pela Diretora de Desenvolvimento do Ensino (DDE) e pelo Coordenador do Núcleo de Assuntos Internacionais (NAI) do Campus Sousa, professores Rackynelly Soares e Miguel Félix, respectivamente. Durante a solenidade, os docentes receberam um certificado de reconhecimento pelas ações realizadas em prol da internacionalização do IFPB, iniciativa que se fortalece ainda mais com a chegada do novo estudante ao campus.

O estudante de 24 anos desembarcou no Brasil há cerca de um ano, quando passou a se dedicar ao estudo do português e à imersão na cultura brasileira e nordestina. A decisão de vir para o Brasil foi motivada pela identificação do estudante com o país e pela reputação acadêmica da área de Medicina Veterinária, que, segundo o aluno, é bastante consolidada e reconhecida mundo afora. Faedollah também mencionou a vontade de ganhar novos conhecimentos e de vivenciar experiências que possam acrescentar à sua vida pessoal e profissional.

A Coordenadora da Assessoria de Relações Institucionais e Internacionais (Arinter) do IFPB, professora Mônica Montenegro, explicou que o estudante Faedollah foi aluno do Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Estrangeiros (CLIPE) no Campus João Pessoa e aprovado com nível intermediário superior no exame Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros), realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).

Em seu depoimento, a docente ressaltou o compromisso do IFPB de promover a diversidade e a inclusão, abrindo as suas portas para estudantes de todo o mundo. “O ingresso de Olorode no curso de Medicina Veterinária é um marco para o Campus Sousa e para a ampliação e consolidação da política linguística e da internacionalização do IFPB, tendo em vista que a unidade está recebendo pela primeira vez um estudante do Programa PEC-G”, afirmou Mônica.

O Coordenador do Núcleo de Assuntos Internacionais do Campus Sousa, professor Miguel Félix, também destacou o pioneirismo da iniciativa e compartilhou as suas expectativas para os próximos anos. “Com a recente chegada do estudante africano Bolarinwa Faedollah, que cursará Medicina Veterinária conosco, ainda a partir deste semestre (2024.1), temos a certeza de que o Campus Sousa estreará um novo tempo para as relações internacionais do IFPB, passando a se destacar, inclusive, como importante destino acadêmico, científico e cultural para futuras ações de cooperação educacional entre países. Estamos bem confiantes e igualmente preparados para o desafio", afirmou o docente.

Além de ser celebrada pelos titulares das pastas de relações internacionais da Reitoria e do Campus Sousa do IFPB, a vinda do estudante do Benim também foi tratada com grande entusiasmo pelo Diretor-geral, professor Chico Nogueira, e pela Diretora de Ensino do campus, professora Rackynelly Soares.

O Diretor explicou que o estudante receberá um acolhimento integral por parte do campus, contando não apenas com as atividades de ensino, pesquisa e extensão destinadas aos alunos da instituição, mas também com o apoio do Departamento de Assistência Estudantil (DAE). Durante todo o tempo em que estiver fazendo a graduação no campus, Bolarinwa Faedollah fará parte do Programa de Moradia Estudantil, que permite aos discentes residir no alojamento e fazer as três refeições diariamente no campus. Trata-se de uma importante política de apoio à permanência e ao êxito dos estudantes na instituição.

“Para nós do Campus Sousa é um orgulho ter o programa PEC-G funcionando e por isso vamos dar todo o suporte possível ao estudante e vamos nos preparar para receber outros jovens de outras nações no nosso país. Pela nossa história de sermos um povo formado também pelos povos africanos, pelo compromisso que esse país tem que ter com os pretos e os mais pobres não só do seu país, mas do mundo e também pelo potencial que a educação tem de mudar um quadro histórico de má distribuição de riqueza e de desigualdade, eu acredito que podemos avançar e contribuir também para que outras nações avancem. Então, receber nosso estudante aqui é mais um movimento no sentido de colocar educação como um instrumento de transformação até então de jovens do Brasil e agora também de jovens de outras nações africanas, por exemplo, como o que estamos recebendo agora”, disse Chico Nogueira.

A função social do Campus Sousa mencionada pelo Diretor também foi lembrada pela professora Rackynelly Soares, Diretora de Ensino da unidade. A gestora falou sobre a importância de abrir caminhos para o processo de internacionalização no sertão do estado, uma região que também deve ser vista como um grande celeiro de oportunidades para os jovens. “Juntamente com a Arinter e o NAI estamos fazendo o improvável: estamos conseguindo interiorizar a internacionalização. No âmbito estudantil, o diferencial na formação é sem dúvida o maior destaque. Recentemente, dois de nossos alunos participaram de um intercâmbio em Portugal, e agora aderimos ao PEC-G, ocasião em que recebemos o jovem estudante de Benin, o Faedollah, no curso de Medicina Veterinária”, concluiu a docente.

A abertura de portas para os intercâmbios entre estudantes do Brasil e de outros países faz parte das diretrizes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica não apenas pelas trocas de conhecimentos e cultura que esse processo pode trazer, mas especialmente pela possibilidade de ajudar estudantes a atingir seus objetivos e transformar suas vidas, como salientou o jovem Faedollah. Para mim, ser um médico veterinário é o equivalente ao que temos o costume de chamar de “realizar um sonho”. Além disso, essa formação também me permitirá ajudar e assistir os animais em dificuldades, algo que desejo muito fazer”, finalizou o estudante.

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