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Aplicativo desenvolvido por pesquisadores do Campus Sousa é apresentado em encontro internacional de comunicação em saúde

App é voltado para a promoção da saúde e prevenção de ISTs entre os jovens
por Amanda Tavares de Melo publicado: 05/12/2023 18h19 última modificação: 06/12/2023 08h40

Entre os dias 27 e 29 de novembro, uma equipe de pesquisadores oriundos do Campus Sousa do IFPB participou do VII Encontro Internacional de Comunicação em Saúde, realizado na Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB). O evento ocorreu concomitantemente com o I Encontro Nacional da Rede Brasil de Gestão de Informação e Tradução do Conhecimento em Saúde e reuniu profissionais e pesquisadores de diversas áreas e instituições ligadas à produção e ao compartilhamento de dados, informações e tecnologias em saúde.

O IFPB foi representado no evento pela docente Rackynelly Soares e pelo estudante egresso do curso Técnico em Informática Felippe Rian de Oliveira, atualmente graduando do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Na ocasião, os pesquisadores apresentaram um trabalho sobre o aplicativo “Saúde Jovem”, uma ferramenta de promoção da saúde com foco na difusão de conhecimento e na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) junto ao público jovem, mais especificamente na faixa etária entre 15 e 24 anos. O trabalho foi muito bem recebido pelos participantes do evento, que elogiaram o projeto e propuseram a sua incorporação à plataforma de aplicativos do governo federal.

O Saúde Jovem oferece uma abordagem inovadora, utilizando a tecnologia para levar informações de qualidade aos jovens de forma acessível e descomplicada. De acordo com um dos idealizadores do aplicativo, Felippe Rian, atualmente a ferramenta conta com dois módulos: um mapa interativo que apresenta as unidades de saúde mais próximas do usuário e um chatbot que permite ao usuário tirar dúvidas sobre saúde sexual e reprodutiva a partir da base de respostas do Ministério da Saúde sobre o tema.

Para se aproximar ainda mais do público-alvo, os desenvolvedores do Saúde Jovem criaram cinco personagens que representam as cinco regiões do país, com suas particularidades, suas características e seus sotaques próprios. A ideia dos pesquisadores é fazer com que o jovem se reconheça e se sinta seguro e confortável para interagir com o aplicativo.

O app Saúde Jovem começou a ser desenvolvido em 2020, durante a pandemia de Covid-19, com o apoio da Chamada Interconecta IFPB nº 01/2020 – Apoio a Projetos de Pesquisa, Inovação, Desenvolvimento Tecnológico e Social, publicado pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (PRPIPG). Além de estar vinculada ao Interconecta dentro do IFPB, a proposta do aplicativo também se inseriu dentro do projeto “Comunicação e Educação em Saúde - Jovens e HIV/Aids e Hepatites Virais: Aspectos Teórico-Conceituais”, uma ação interinstitucional e transdisciplinar que contou com o apoio de instituições como CNPq, Ministério da Saúde e Laboratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde da Universidade de Brasília (LabECoS-UnB). Em 2021, o Saúde Jovem foi agraciado com o prêmio de Melhor Trabalho de Iniciação Científica e Tecnológica na área de Saúde no 4º Simpósio de Pesquisa, Inovação e Inovação do IFPB, o Simpif.

O caráter interdisciplinar e coletivo do projeto “Comunicação e Educação em Saúde” e, por extensão, das ferramentas desenvolvidas sob o grande guarda-chuva do projeto também foi ressaltado por Felippe, que utilizou os seus conhecimentos em informática e tecnologia da informação para produzir o Saúde Jovem. “Como desenvolvedor de software, fico extremamente empolgado em criar soluções tecnológicas principalmente para outras áreas. A conexão que criamos ao realizar uma pesquisa é muito satisfatória e, quando se percebe a importância disto, é extremamente gratificante imaginar que meu trabalho pode impactar na qualidade de vida de inúmeras pessoas. O resultado de todo o esforço sempre nos instiga a querer fazer mais e mais”, reforçou o estudante.

Por unir pesquisa e inovação ao compartilhamento de conhecimento em saúde pública, o Saúde Jovem pode ser considerado um projeto de pesquisa aplicado, que pode ser utilizado para a solução de problemas coletivos e para o desenvolvimento de políticas públicas. Segundo Felippe, um dos próximos passos é disponibilizar o aplicativo para o público, o que deverá acontecer até o final de dezembro. “Recebemos algumas sugestões durante os eventos em Brasília e pretendemos incorporá-las a outras ideias que temos em mente para potencializar ainda mais o app. É um aplicativo destinado principalmente aos jovens, então há muito a ser explorado. Tenho muitas expectativas, tendo em vista o impacto que o aplicativo pode ter para a sociedade, e estou disposto e ansioso para trabalhar nas novas atualizações que vierem”, finalizou o desenvolvedor.

A apresentação do Saúde Jovem no Encontro Internacional de Comunicação em Saúde na semana passada acontece em um momento crucial do ano, em que se inicia a campanha "Dezembro Vermelho", um período dedicado à conscientização sobre o HIV e outras ISTs. Além do compartilhamento de informações sobre as infecções sexualmente transmissíveis, o Dezembro Vermelho também reforça a importância da desmistificação do estigma e do preconceito em relação ao tema. Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas aqui. 

Conheça mais detalhes sobre o aplicativo Saúde Jovem no capítuloO aplicativo móvel em saúde ‘Saúde Jovem’: um novo jeito de dialogar com as juventudes?” do livro “Comunicação e Educação em Saúde Jovens, HIV/Aids e Hepatites Virais: Aspectos Teórico-Conceituais”,  publicado pela editora EcoS/UnB em 2022 e disponível aqui. 

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