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Professores discutem estratégias para o ensino de surdos

Um treinamento básico foi realizado, inicialmente, com docentes de Agroindústria
por Clébio Melo publicado: 27/03/2017 12h00 última modificação: 30/03/2017 10h34
Exibir carrossel de imagens Professores do 1º ano de Agroindústria se reúnem para esclarecer dúvidas sobre a utilização da  Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em sala de aula

Professores do 1º ano de Agroindústria se reúnem para esclarecer dúvidas sobre a utilização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em sala de aula

Nesta segunda-feira (27), os novos estudantes dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio iniciaram o ano letivo 2017 no IFPB - Campus Sousa. E o novo período veio com um desafio para todos: é a chegada de uma aluna surda no curso de Agroindústria. A novidade mobilizou a equipe a discutir novas estratégias de ensino.

Na última quinta-feira (23), professores da turma foram convidados pela Diretoria de Desenvolvimento do Ensino para um momento de conversa sobre como transformar as aulas mais atraentes para os estudantes. A mediação ficou por conta da professora Marcley da Luz Marques, que apresentou aspectos da legislação brasileira sobre educação especial e compartilhou orientações aos colegas docentes.

A língua brasileira de sinais (Libras) foi instituída pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e reconhecida como sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, para a transmissão de ideias e fatos. É a língua natural usada pelas comunidades surdas brasileiras. Portanto, o português é considerado como segunda língua desse grupo. "A gente vai precisar ter essa sensibilidade de que a escrita dela [aluna] não vai ser compatível com a dos outros colegas, mas que passa uma informação, um sentido, dentro do contexto do que é cobrado", explicou Marcley.

As estratégias discutidas confluíram para a interação entre surdos e ouvintes nas atividades, necessária para a inclusão e o respeito às diferenças individuais. Os professores entenderam que a inserção de ferramentas visuais nas aulas deverá ser cada vez mais comum. A estudante Carolline Mendes Dias, de 21 anos, vai ter o auxílio do intérprete Edson de Lima Filho, servidor do Campus Sousa. 


Clébio Melo - jornalista do IFPB/Sousa, com informações do MEC

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