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Dia 26 de setembro: Dia Nacional do Surdo e da Língua Brasileira de Sinais

A administradora surda Thays Ramalho, formada pelo IFPB Campus JP, fala sobre a importância da data
por publicado: 26/09/2022 15h03 última modificação: 26/09/2022 15h03

“Uma das coisas mais importantes é o respeito. Entender e respeitar as diferenças já nos ajuda a vencer muitas barreiras”, reflete a administradora surda Thays Ramalho ao falar sobre as principais mudanças que a sociedade precisa, quando se fala em inclusão de pessoas com deficiência auditiva.

No Dia Nacional do Surdo (26/09), a ex-aluna do IFPB acredita que é preciso dar mais visibilidade a Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, mostrando que se trata de uma língua que potencializa a capacidade dos surdos. “Por isso, sempre batemos na tecla de ter a acessibilidade, porque somente assim poderemos nos conectar uns com os outros e promover uma sociedade mais justa e igualitária”, reforça.

A egressa do IFPB, ressalta que a importância LIBRAS, que é muito importante para a comunidade surda, pois é por meio da Língua Brasileira de Sinais que os surdos expressam sua cultura e identidade. “A LIBRAS proporciona empoderamento, empatia e conexões diversas para os sujeitos surdos em comunidade. Também representa a nossa luta em comunidade, nossa capacidade e através dela nós nos desenvolvemos”, afirma Thays.

Para a ex-aluna do IFPB, no âmbito da área da educação é possível perceber que algumas mudanças foram alcançadas, como a presença dos intérpretes de LIBRAS em sala de aula, que ainda é maior nas escolas públicas do que nas escolas privadas. Ela credita esse avanço a luta da comunidade surda, que precisa avança mais nos demais âmbitos da sociedade, em que as barreiras da comunicação ainda são significativas.

“Quando se trata do mercado de trabalho, a ausência de acessibilidade é impressionante. Sem intérprete de LIBRAS não conseguimos participar das reuniões, não temos comunicação em nossa rotina. Tudo isso influencia na performance do surdo profissional”, analisa. Thays.

No IFPB - Campus João Pessoa, a administradora conta que desde o Ensino Médio, quando cursou o Técnico Integrado em Contabilidade, teve apoio e acessibilidade, o que lhe trouxe conforto e oportunidade de aprimorar aprendizado. "Pude participar de eventos, palestras, fazer atividades adaptadas. Quando passei para o Curso de Administração a equipe do COAPNE passou por uma renovação com a chegada de novos profissionais, como as psicopedagogas, que foram muito importantes em minha trajetória”, relembra.

Com os avanços, frutos da luta das pessoas com deficiência, é possível perceber uma presença mais efetiva de alunos surdos em todas as aeras do conhecimento. “Antes víamos maior concentração de surdos nos cursos de Letras-Libras, hoje estamos vivendo uma transformação. Eu sou exemplo disso, pois sou da área de administração. Tem surdos em Pedagogia, Medicina, Medicina Veterinária e Engenharia. Estamos tomando o nosso lugar de fala para que essa visibilidade influencie outros surdos”, comentou Thays.

 

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