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Campus Sousa inicia a implantação de um campo agrostológico

Medida visa unir teoria e prática no ensino, na pesquisa e na extensão
por Amanda Tavares de Melo publicado: 24/04/2023 17h12 última modificação: 24/04/2023 17h12

O IFPB Campus Sousa iniciou neste ano a montagem de um campo agrostológico, um espaço que reúne várias espécies de plantas forrageiras e tem como objetivo desenvolver atividades de pesquisa, extensão e aulas práticas com os estudantes dos cursos Técnico em Agropecuária e Técnico em Agroindústria e com os cursos de graduação em Agroecologia e em Medicina Veterinária.

O projeto está sendo desenvolvido pela professora Tatiana Gouveia, da disciplina de Forragicultura, através de uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Sementes Oeste Paulista, a Soesp. A docente explicou que, após os contatos com a Embrapa e a Soesp, o campus já recebeu os lotes com 14 variedades de sementes Brachiaria e Panicum e também as placas para colocar no campo agrostológico. Além das sementes, a Embrapa e a Soesp também enviaram o manual com as medidas e as instruções para a implantação e o correto manejo do campo agrostológico.   

“A partir do campo agrostológico, nós temos possibilidades muito grandes de desenvolver pesquisas e de realizar atividades de extensão, pois aqui em Sousa temos uma bacia leiteira e várias empresas no entorno do campus que trabalham com produção de gado e temos poucas opções (ou pelo menos pouca divulgação) de variedades de capim que se adaptem às nossas condições. Abre-se então uma oportunidade de utilizar o campo agrostológico para fazer pesquisas que verifiquem o desempenho de alguns capins, algumas variedades que têm uma boa adaptação, para fazer essa divulgação junto aos estudantes e junto à comunidade da região, os produtores em si, para que eles possam utilizar essas variedades que já estão sendo testadas, avaliadas dentro da instituição, e ter a garantia de que vão ter bons resultados com essas sementes”, afirmou Tatiana.

Além da possibilidade de desenvolver pesquisas que beneficiem os produtores locais, a professora Tatiana também destacou a possibilidade de realizar atividades interdisciplinares de ensino envolvendo o campo agrostológico. Segundo a docente, "dá para desenvolver muita coisa: posso trabalhar o conteúdo das disciplinas de forragicultura a partir desse campo agrostológico, posso desenvolver técnicas de manejo de pastagens com os alunos, tenho como desenvolver análises de massas de forragem e tenho como trabalhar na prática vários conceitos dentro da forragicultura. Podemos também realizar atividades ligadas à análise de solos, como as que foram realizadas pelo professor Marcus Damião, e atividades de topografia, de desenho técnico e  elaboração da planta baixa do campo que está sendo implantado. Além disso, a partir do campo, podemos fazer atividades nas área de bovinocultura, caprinocultura ligadas às possibilidades de alimentação para o animal”.


Outra possibilidade interessante diz respeito à instalação de um espaço para a implantação de amostras de plantas xerófilas, que incluem variedades de palma forrageira, xique-xique, facheiro e mandacaru com espinhos que podem ser utilizadas na alimentação animal e que também são resistentes à seca.  

“Algumas dessas plantas são plantas alimentícias não convencionais (pancs), então a gente pode associar um desses campos uma atividade na Agroindústria porque a gente pode ter coleções de plantas que podem ser utilizadas na alimentação humana também, como a ora-pro-nóbis, que tanto pode ser usada na alimentação animal quanto na humana, então esse espaço vai possibilitar diversas atividades de pesquisa, extensão e aulas em si”, finalizou a professora.


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