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Tecnologia social tem eficiência comprovada por projeto de pesquisa

Uso da água nos "canteiros econômicos" pode ser reduzido em mais de 50%
por Clébio Melo publicado: 02/05/2019 16h30 última modificação: 10/05/2019 09h32
Exibir carrossel de imagens Foto: Francisco de Sales Oliveira Filho Tecnologia pode ser utilizada para o cultivo de hortaliças

Tecnologia pode ser utilizada para o cultivo de hortaliças

Uma pesquisa desenvolvida no IFPB - Campus Sousa revelou que a prática de uma tecnologia social no cultivo do alface pode reduzir em mais da metade o volume de água utilizado para a irrigação. Os chamados "canteiros econômicos" foram implantados e estudados na unidade São Gonçalo da instituição e os resultados já viraram trabalho de conclusão de curso e beneficiaram até uma instituição filantrópica de Sousa (PB).

Os canteiros econômicos já são conhecidos em algumas comunidades do semiárido brasileiro. Trata-se de um método simples, barato e de fácil manutenção, em que a água é adicionada por baixo do solo, através de um sistema composto por lona (impermeabilização), cano de pvc e telhas de barro. Como a irrigação é direto na raiz da planta, o volume de água é reduzido e a perda para a evaporação é mínima. "Os valores para a implantação são irrisórios, se comparados com o sistema de irrigação convencional. Nós estimamos uma média de 25 reais por metro quadrado de canteiro construído. Isso, o agricultor seria capaz de tirar em um ciclo", comenta Francisco de Sales Oliveira Filho, servidor técnico-administrativo do Campus Sousa e responsável pelo projeto.

O projeto durou cerca de oito meses. Agora, Sales quer mais quatro anos de testes para conhecer melhor os impactos da técnica na região do alto sertão paraibano. A pesquisa foi registrada em edital da Pró-reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação do IFPB e os resultados ganharam destaque em publicações acadêmicas nacionais e serviram de base para o Trabalho de Conclusão de Curso do então estudante de Tecnologia em Agroecologia e bolsista do projeto, Carlos Alberto Lins Cassimiro.

O trabalho com os canteiros também virou projeto de extensão registrado. A técnica foi levada ao abrigo de idosos "Casa do Caminho", que funciona na zona rural de Sousa. Lá, foi instalada uma horta como estratégia de terapia ocupacional e segurança alimentar dos moradores. "Os idosos se sentiram úteis novamente. Eles resgataram algo do passado e isso teve reflexo positivo na melhoria da qualidade de vida deles", disse Sales. O método dos Canteiros Econômicos também está sendo repassado a produtores rurais que visitam o Campus Sousa em busca de apoio técnico.


Assessoria de Comunicação do IFPB/Sousa