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Transtorno do Espectro do Autismo é tema de ação educativa

Servidores se vestiram de azul, espalharam cartazes e distribuíram cartilhas sobre o TEA
por Clébio Melo publicado: 03/04/2017 16h37 última modificação: 12/04/2017 11h45
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Servidores do Campus Sousa vestiram a camisa da conscientização sobre o autismo

O IFPB - Campus Sousa se vestiu de azul nesta segunda-feira (03) para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado no dia anterior. A ação, comandada pelo Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais - NAPNE, teve por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e, assim, reduzir a discriminação e o preconceito. No Brasil, a data, estabelecida em 2007, é lembrada pela cor azul porque o transtorno é mais comum nos meninos.

Servidores combinaram de vestir camisetas na cor-símbolo da conscientização nas unidades Sede e São Gonçalo e espalharam pelos corredores da instituição bexigas azuis e cartazes com informações sobre o autismo para informar os estudantes. Exemplares de uma cartilha elaborada pelo IFPB foram disponibilizadas em áreas de maior circulação.

Lane Gadelha é coordenadora de Alimentação e Nutrição do Campus Sousa e fez questão de participar da ação educativa. Não foi por acaso. Ela é mãe de um jovem de 24 anos que foi diagnosticado, quando criança, com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Ela descreveu o caminho longo que percorreu até descobrir que José Pordeus Gadelha Neto era autista: "Foi uma maratona, um desespero. Com cinco anos, ele teve uma convulsão enquanto dormia. Corri para o Recife e ele fez tomografia, eletro, tudo. Aí, ficou tomando remédio para convulsões. Aos seis anos, ele começou a ficar com medo de tudo", disse. Lane precisou levar o filho a vários médicos, em diversas cidades, para fechar o diagnóstico.

Para identificar o TEA, os profissionais mais indicados são os neuropediatras e os psiquiatras da infância. Hoje, José Neto é atendido por uma equipe multidisciplinar e consegue viver com relativa autonomia. Já Lane aproveitou a experiência e criou, com outras mulheres da cidade de Sousa (PB), uma associação de apoio aos autistas e parentes.

A ideia dessa ação no Campus surgiu numa reunião que discutiu as necessidades de cada aluno. "Nós estamos formando uma equipe inter multidisciplinar para montar a estrutura do NAPNE para que tenhamos a possibilidade de receber alunos com necessidades específicas numa escola mais inclusiva", falou a coordenadora do Núcleo, Pacalle de Sousa Rocha.

Autismo -Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. O autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de comunicação e interação com a sociedade. Muitos pacientes apresentam comportamento agressivo, agitado e isso exige cuidado e dedicação permanente.

Após o diagnóstico, os pacientes devem fazer uma série de tratamentos e habilitação/reabilitação para estimulação das consequências que o autismo implica, como dificuldade no desenvolvimento da linguagem, interações sociais e capacidades funcionais. Essas características demandam cuidados específicos e singulares de acompanhamento ao longo das diferentes fases da vida. 

Nos últimos anos, muitos foram os avanços no campo dos direitos das pessoas com Deficiência, sobretudo às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. Com a instituição da Lei nº 12.764 em 2012, a pessoa com transtorno do espectro do autismo passou a ser considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais, o que confere a estas pessoas o direito ao acesso a várias políticas e benefícios sociais.

Serviço - O atendimento do autismo é oferecido na rede pública. Em todos os casos, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar para tratá-lo como um todo, em todas as facetas da manifestação.

No âmbito da atenção especializada, destaca-se o papel dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) enquanto pontos de atenção ambulatorial especializada em reabilitação que realizam o diagnóstico e o tratamento em reabilitação, que inclui a estimulação precoce além da disponibilização, adaptação e manutenção de tecnologias assistivas. Todos os estados do país contam com CER habilitados pelo Ministério da Saúde a prestar atendimento em reabilitação, totalizando 187 CER em todo o país.


Clébio Melo, jornalista do IFPB/Sousa, com informações do Ministério da Saúde


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