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IFPB une agroecologia e ressocialização na Colônia Penal de Sousa

Ações de um projeto de extensão geram produção de renda com hortaliças e aves
por Clébio Melo publicado: 21/09/2016 15h58 última modificação: 21/09/2016 15h58
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Participantes recebem orientações de cultivo de hortaliças e plantas medicinais

O Brasil é um dos primeiros países no ranking mundial da quantidade de presos, segundo um estudo sobre Segurança Pública divulgado, no ano passado, pela Câmara dos Deputados. São mais de 600 mil detentos que se unem ao conjunto da sociedade na espera por medidas inteligentes e humanas que resultem na diminuição da violência, na justiça e na ressocialização de quem teve de pagar com a liberdade por ter cometido algum crime.

Mas, só esperar por soluções dos governos, não resolve. Foi com esse pensamento que uma professora do IFPB - Campus Sousa e alguns alunos resolveram arregaçar as mangas e contribuir ativamente. Eles criaram e estão desenvolvendo o projeto de extensão Produção agroecológica integrada como medida de ressocialização e formação profissional para os apenados da Colônia Penal de Sousa-PB. “O projeto tem a finalidade de contribuir através de uma produção sustentável que servirá de medida socioeducativa e contribuirá para a formação profissional para além do cárcere”, justificou a professora e orientadora das ações, Tatiana Gouveia.

Na Colônia Penal, os participantes recebem orientações teóricas e práticas direcionadas ao plantio, manejo e comercialização de hortaliças e plantas medicinais e à criação de galinhas caipiras. Além disso, são ensinadas noções de educação ambiental, alimentar e financeira. Os presos podem ser beneficiados também com a redução das penas de acordo com os dias trabalhados. “Agroecologia, juntamente com o trabalho árduo dos envolvidos, pode mudar vidas, pode ressocializar. A cada dia podemos observar o quanto vale a pena trabalhar e acreditar na mudança,” publicou, numa rede social, o estudante de Agroecologia e bolsista do projeto, Luziberto Lira.

Tudo o que é produzido nas hortas são para o consumo interno dos presos, o que reduzirá custos para o poder público e proporcionará uma alimentação mais saudável no local. A unidade prisional conta, hoje, com 251 apenados nos regimes aberto, semiaberto e fechado. A maioria é pobre e oriunda das zonas rurais da região.

 

Clébio Melo - jornalista do IFPB/Sousa

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