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"Amor de mãe é incondicionalmente puro, pessoal e intransferível!"

A Administradora Rúbia Quaresma é a terceira convidada da série "Mães do IFPB"
por Patrícia Lins publicado: 17/05/2022 16h39 última modificação: 17/05/2022 18h15

Rúbia Quaresma de Freitas é Administradora no IFPB há seis anos e, desde o ano de 2019, está à frente da Coordenação de Gestão de Pessoas do Campus Monteiro. Diariamente, ela atua de forma direta no atendimento, no desenvolvimento e na gestão dos servidores que compõem essa unidade do IFPB. 

Mas o local em que ela pode exercer de maneira mais profunda aquilo que aprendeu no curso de Administração é em seu lar, com os seus três filhos: Renato, Rodrigo e Raíssa. Mas, há algo que Rúbia lembra que não está nos manuais ou nas cadeiras da academia; algo que nasce em algumas mulheres de forma indescritível: o dom de ser mãe.

Como terceira convidada da série "Mães do IFPB", Rúbia nos traz a sua história a partir da ótica do nascimento e do crescimento dos seus filhos, com todas as incertezas, cobranças e, principalmente, alegrias de ser mãe.

 Rúbia e seus três filhos

"A vida vai desenhando nosso destino de tal modo que o verdadeiro sentido só o é percebido tempos depois; e a compreensão deste (o destino) vem por tabela. Hoje percebo o quanto nasci para ser mãe, o que contestaria totalmente antes de sê-lo. O senso de responsabilidade despontou quando vim ao mundo e se quadriplicou quando fui mãe. Função esta que procuro desempenhar da melhor forma possível. Procurei manuais “Como ser uma boa mãe”, mas estes não existem. E, então, fui aprendendo da melhor forma: meus filhos foram me ensinando. O peso da responsabilidade foi suavizado com a leveza da prole que gerei. O trabalho multiplicou? Claro! E em todos os sentidos. Mas sinto prazer em afirmar que meu maior projeto de vida é minha família!

Ao dividir o meu dia entre a turbulência de uma distribuidora de catálogos e a surpresa com a chegada da tecnologia num curso noturno de informática (pois estávamos em pleno ano de 1995), surgem os primeiros sintomas de que esse tempo teria que ser revisto para mais uma divisão: Renato estava anunciando que faria parte desse mundo, ou seja, eu teria que ter tempo para ele também. O que senti, além do disparate do meu estômago e o diagnóstico do médico? Alegria, medo, felicidade, tensão, dúvidas, ansiedade e todas as sensações boas e seus antônimos de uma só vez e sem nada que pudesse transpô-los nesse momento. A única certeza era a graça de saber que Renato, meu primeiro filho, já se encontrava irradiado do amor incondicional que fez e faz parte da minha vida para um todo sempre. Amor de mãe é incondicionalmente puro, pessoal e intransferível! Renato nasceu em 08 de outubro de 1995, numa noite primaveril de domingo. Quanto amor inexplicável!

Meu segundo filho, Rodrigo, veio como um susto, pois participou da festa de aniversário de um ano de Renato ao estar com dezesseis semanas de vidinha em meu ventre. Os sentimentos de medo e alegria se fundiram e, com isso, surgiram as sensações de plenitude e conformidade, afinal, era muiiito bom estar grávida e eu já sabia como agir! Não tinha os tão falados enjoos e incômodos da gravidez desde a primeira gestação. Renato ganhou seu irmãozinho dia 20 de março de 1997. Branquinho e quietinho: um exemplo de comportamento em pouquíssimas horas de vida.

Na tentativa de planejar pelo menos um filho, Raíssa chegou seis anos após Rodrigo e não contemplou nosso planejamento familiar, logo se antecipou um ano. Planejar, nesse sentido, não foi meu forte, apesar de ser uma das quatro funções do Administrador, profissão que me formei tempos depois. Porém, fugir as regras, literalmente, foi uma dádiva divina. Raíssa “a menininha”, minha morena cravo e canela, estressadinha (mulher, né!?), chegou chegando em 25 de fevereiro de 2003. Personalidade forte, marcou território. Companheira de todas as horas e fechando com chave de ouro a minha colaboração para com o aumento da humanidade.

Eu sou um mãe carinhosa, exigente, flexível, burocrática, companheira e vários outros adjetivos necessários para contornar cada situação com cada filho. Do nascimento de Renato aos dias atuais, já com Rodrigo e Raíssa completando a turma, tentei e tento dar o melhor de mim como mãe e ser humano. Mostrar a vida por todos os lados e provar que a educação é a porta para o futuro não é apenas um clichê.

Há pouco mais de um ano assumi (internamente) o meu lado psicóloga e comecei a autoterapia: filhos vão sair de casa um dia; filhos precisam seguir a vida; filhos vão para longe; filhos... E na primeira tentativa, acho que deu certo. Estou bem com o voo do meu primogênito para seu futuro. E sempre na expectativa dos próximos voos.

Voltando um pouco, o início da vida com trabalho, estudo e filhos pequenos não foi nada fácil. Recordo-me quando estavam doentes e nem sempre eu podia estar presente, cuidando em tempo integral como gostaria. Lembro também quando os deixava para estender o expediente e estudar. Também lembro na ausência dos finais de semana na tentativa de completar o orçamento do mês com trabalhos extras.

Mas também me recordo de ver as atividades escolares todos os dias, mesmo tarde da noite e bem cansada. Dos cinemas improvisados em casa no sábado à noite com o intuito de estarmos juntos pelo menos naquele momento: DVD, pipoca e todo mundo apertadinho no sofá. Lembro de dizer que os amava sempre e incondicionalmente. Isso faço até hoje! E do aperto no coração ao vê-los crescendo sem poder acompanha-los de pertinho como gostaria. Mas, apesar dos pesares, estava sempre “presente”.  Tudo era em função de um futuro melhor e isso eu explicava para diminuir o peso da ausência física.

O esforço valeu a pena e pude usufruir da presença deles a tempo. Ter a certeza que tudo o que vivemos foi necessário e válido. Que estava escrito! O destino, lembra? Enfim, sem manuais posso afirmar que deu certo e me orgulhar dos filhos que me foram destinados. Tudo no seu tempo, inclusive, a compreensão do destino que nos foi traçado.

Ser mãe é estar pronta para quaisquer eventos relacionados aos filhos. É ter responsabilidade por si e por eles. É ser e dar exemplos. É renascer das cinzas para acudi-los, brigar, ralhar, castigar e depois se dispor a ajudá-los a reparar os erros que cometeram. É estar sempre à espreita. Ser criança, adolescente, adulta, idosa, do sexo oposto e várias outras personalidades, a depender do diálogo que está por vir. É se sentir completa, amada e em eterna companhia. É seguir à risca as quatro funções administrativas, sejam separadas ou juntas ao mesmo tempo: planejar, organizar, dirigir e controlar.  É saber que, no fundo, tudo deu certo. É amar incondicionalmente!"

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