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Alunas e professora da área do vestuário do IFPB Pedras de Fogo participam do “Dia de Campo” em alusão ao Algodão Orgânico

Dia de Campo

Na década de 1940 Ingá era o segundo maior produtor de algodão do Brasil.
publicado: 12/09/2022 18h50 última modificação: 14/09/2022 19h16

O município de Ingá, a 101 km de João Pessoa, realiza mais uma edição do “Dia de Campo” do Algodão Orgânico de Ingá-PB, participam do evento agroecológico as associações de agricultores, instituições públicas e privadas, imprensa, além da representação do IFPB Campus Pedras de Fogo, sobretudo da coordenação do curso Modelagem do Vestuário.

A professora Nicea Ribeiro do Nascimento, da área do vestuário do Campus Pedras de Fogo, expressa a importância de projetos como esses: “trata-se de um projeto grandioso que aglutina o poder público municipal em parcerias com empresas, organizações sociais, comunidade, agricultores, instituições públicas e outras entidades que trabalham com a cultura do Algodão Orgânico”.

Enraizado na Caatinga, com baixo índice de chuvas, Ingá está colhendo algodão com alta produtividade. A princípio, o algodão orgânico é cultivado pela agricultura familiar e pelas comunidades quilombolas alcança 1200 quilos por hectare. Plantado com contrato de compra garantida com tecelagens e confecções tem atraído novos agricultores saindo de 5 para 46 hectares em apenas um ano. “A retomada da produção em Ingá é um resgate cultural e histórico. Vamos colocar a cidade de volta no mapa do algodão do país”, anuncia Robério Lopes Burity, prefeito da cidade.

Na década de 1940 Ingá era o segundo maior produtor de algodão do Brasil. Denominado ‘Ouro branco’ trouxe prosperidade, mas também dissabor.

Novas perspectivas e sustentabilidade

Com novas perspectivas, o campo vem atraindo mulheres e jovens. Em 2021, havia apenas uma mulher no campo, este ano já são 17. A produção em Ingá envolve as comunidades de Pedra D’água, Distrito de Pontina, Sítio Pontina, Sítio Cutias, Fazenda São Paulo, Sítio Cururu, Fazenda Umatai, Sítio Pedra Lavrada e Sítio Piaba. Todos os trabalhadores são capacitados para a agricultura inovadora e agroecológica pela Empresa Paraibana de Pesquisa Extensão Rural e Regularização Fundiária – Emater. Desta forma, eles aprenderam que é possível enfrentar e vencer o bicudo sem usar veneno.

De acordo com a Textile Exchange, menos de 1% da safra de algodão no Brasil é orgânico. O algodão da Paraíba, além do valor agregado pela certificação, tem produção orientada pelos princípios da sustentabilidade ambiental, social e econômica. O trabalho tem como guia os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda 2030 da ONU, cujas metas envolvem erradicação da pobreza, boa saúde e bem estar, cidades e comunidades sustentáveis, entre outras. Como consequência, o valor pago ao agricultor pelo quilo do algodão é o maior do país.

 

Fonte:  Equipe Campus-PF e informações do Espaço Ecológico com Agência NE9

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