Gestores do IFPB participam de audiência sobre agricultura familiar

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Evento na Assembleia foi promovido pelo mandato do deputado federal Luiz Couto

A Assembleia Legislativa da Paraíba sediou, na tarde de quinta-feira (30), uma audiência pública itinerante com o tema “Agricultura Familiar e Promoção da Alimentação Saudável no Brasil Sem Fome”.

A reitora do Instituto Federal da Paraíba, Mary Roberta Meira Marinho, participou do evento, acompanhada do pró-reitor de Ensino, Neilor Cesar, da pró-reitora de Extensão e Cultura, Maria José Batista (Josi Batista), e do diretor-geral do Campus Sousa, Francisco Roserlândio Nogueira (Chicão). Além de representantes de organizações da sociedade civil, participaram do debate agricultores, lideranças comunitárias, professores e estudantes. 

Promovida pelo mandato do deputado federal Luiz Couto (PT/PB), por meio da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, a atividade integrou a mesa de debates sobre políticas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar, segurança alimentar e estratégias para ampliar o acesso da população a alimentos saudáveis e produzidos de forma sustentável.

Na abertura, a audiência contou com a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, de forma online. Ele abordou o que chamou de "paradoxo brasileiro" na distribuição de terras, uma questão que remonta à colonização do país: grandes latifúndios coexistem com cerca de 4 milhões de agricultores familiares em minifúndios. 

Segundo o ministro, 1% dos proprietários de terras detém porção importante do território rural, e essa estrutura concentra a agricultura em um cardápio restrito de cerca de 15 alimentos voltados à exportação. Em contraste, a agricultura familiar oferece quase 1.000 variedades. "É por isso que o Brasil precisa estimular a agricultura familiar. Por isso nós temos que fazer um equilíbrio".

Luiz Couto destaca parcerias com IFPB e UFCG

"Esta audiência é, antes de tudo, um ato de disputa e de construção coletiva, porque entendemos que não há combate à fome, nem desenvolvimento societário, sem o protagonismo das famílias agricultoras, das mulheres rurais, da juventude do campo e das comunidades tradicionais. Nosso mandato tem procurado traduzir esse compromisso em ações concretas", afirmou o deputado Luiz Couto.

Ele ressaltou o foco na formação da juventude do campo, na proteção de sementes crioulas e no desenvolvimento territorial, que conta com a parceria do Instituto Federal da Paraíba e da Universidade Federal de Campina Grande. "Cada uma dessas ações reafirma nossa convicção de que a agricultura familiar é o coração da soberania alimentar do Brasil", declarou o deputado.

O parlamentar ainda citou a destinação de mais de R$ 14 milhões em emendas parlamentares para 2025, por meio de seu mandato, para impulsionar a agricultura familiar na Paraíba, beneficiando cooperativas e associações. Os recursos foram aplicados na aquisição de mais de 100 mil itens, incluindo tratores, caminhonetes e caminhões. 

No evento, a reitora Mary Roberta ressaltou a importância da atuação do deputado federal Luiz Couto na captação de investimentos e na articulação de relações entre a instituição e outros órgãos do Governo Federal, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Ministério da Educação, visando ao desenvolvimento das áreas rurais. Ela afirmou que o IFPB tem testemunhado os esforços do parlamentar em fortalecer a educação, a pesquisa e a extensão, além de servir como elo com a agricultura familiar. 

Mary Roberta sublinhou a necessidade de o Brasil valorizar a qualidade e o diferencial dos produtos da agricultura familiar, citando o Japão como exemplo, e ressaltou que a segurança alimentar envolve qualidade, e não apenas quantidade. Ela ainda defendeu a necessidade de legislação para proteger alimentos tradicionais e sua qualidade nutricional.

A reitora concluiu que o IFPB está empenhado em levar ciência e tecnologia para o campo, pois o desenvolvimento do país depende de seu povo. "Estamos aí para trazer ciência e tecnologia para o campo, porque a partir do nosso povo é que realmente nós podemos nos desenvolver. E nós precisamos de pessoas bem alimentadas para que não percamos os cérebros que desenvolvem o futuro do nosso país e do mundo", disse.


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