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Centro de demonstração de energias renováveis deve iniciar ações em 2024

Equipe europeia dialoga com gestores do IFPB, do Estado e da iniciativa privada
por Ana Carolina Abiahy publicado: 16/11/2023 15h46 última modificação: 16/11/2023 15h47

O Instituto Federal da Paraíba deve iniciar as ações do Centro de Demonstração e Desenvolvimento em Energias Renováveis e Sustentabilidade no ano de 2024. Esta é a expectativa apontada pelos grupos europeus que estão em visita na instituição para avaliar as condições para a instalação do Centro que o IFPB alcançou mediante chamada pública organizada pelos Ministérios da Educação e de Minas e Energia. O IFPB e a Unicamp foram as duas instituições públicas selecionadas pela Organização Latino-Americana de Energia (Olade) para a instalação do Centro. 

Os recursos para o Centro são viabilizados por meio do projeto Etrela - Melhorando, Aumentando e Facilitando o Acesso à Energia Renovável Educação e Treinamento na América Latina - oriundos de um fundo alemão voltado para a mitigação de problemas climáticos, o International Climate Initiative (IKI). Desde segunda-feira, duas empresas de consultoria, Renac e Global Factor, estão no IFPB para conhecer a realidade local e transmitir as informações para os responsáveis do Etrela IKI na Europa. Na terça, na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, eles se reuniram com gestores do IFPB, do governo estadual e de empresas privadas do setor de energia. 

De acordo com Craig Menzies, do Departamento de Energia da Global Factor, somente uma pequena parte da sociedade sabe o impacto que o setor energético terá e uma das preocupações do projeto é preparar profissionais para esta área. Ele estima que a próxima fase do projeto já envolva o envio de recursos para iniciar as atividades em 2024, com a instalação de equipamentos e início de cursos. IFPB GLOBAL FACTOR Craig - Copia.jpg

Craig Menzies comentou que as ações estão iniciando no Brasil, embora o projeto já tenha experiência de oito anos em outros países da América Latina. A estimativa é que em 2025 já seja realizada uma jornada de avaliação das ações, envolvendo o governo federal, o IFPB, a Unicamp e os investidores estrangeiros. O aporte de recursos é da ordem de seis milhões e quatrocentos e trinta mil euros até 2027, envolvendo a Argentina, Colômbia, Uruguai, Peru, República Dominicana e Honduras. O projeto é interessado em todas as formas de eficiência energética.  

Segundo o professor Ademar Gonçalves da Costa Júnior, um dos principais objetivos do encontro era entender como a Paraíba se encontra no processo global de transição para as energias renováveis. Ele frisou que o Centro não se fixará apenas na capital paraibana, servindo a todos os 21 campi e envolvendo as áreas de ensino, pesquisa, inovação e extensão, em perspectiva multidisciplinar.  

IFPB ETRELA IKI 2.jpg Christiane Vaneker, da empresa Renac, explicou que um dos focos do encontro era buscar subsídios para a construção de metodologia adequada para o funcionamento do Centro, com preocupação em analisar currículos dos cursos já existentes na instituição, discutindo as demandas e as dificuldades enfrentadas na área. A Renac já capacitou mais de 19.000 participantes em 160 países. O encontro foi bastante aberto, com espaço para todos falarem e teve participação ainda de Miriam Macias, da Global Factor, e de Jens Brand, da Renac.

A reunião contou com as boas vindas da reitora Mary Roberta, e da pró-reitora da Proexc, Josi Batista, além das presenças dos diretores do Polo de Inovação, Erick Melo; de Extensão Tecnológica, Elaine Oliveira, e de Inovação Tecnológica, Valdecir Moreno, e do representante do Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética nas Instituições Federais de Educação (EnergIFE), Franklin Figueiredo. Gestores e docentes da reitoria e de alguns campi também participaram contribuindo com as questões e reflexões. 

Os dois representantes das empresas privadas de energia, World Elétrica (Anderson Alexandre) e Voltec (Rodolfo Costa), tiveram formação no IFPB e ressaltaram a importância de ampliar as parcerias entre a academia e o setor produtivo. Rodolfo Costa abordou o potencial existente na Paraíba para se trabalhar com biomassa em usinas de cana de açúcar, o que também vem sendo desenvolvido no Piauí com soja e milho. Da parte do setor público, estiveram presentes gestores da Secretaria Executiva de Energia, da PBGás e da Cagepa. Eles falaram das experiências iniciais com biometano e biogás. 

Nesta quinta, a equipe se encontra no campus Santa Luzia e depois se desloca para o campus Esperança, retornando nesta sexta para reuniões no Parque Tecnológico Sinergia/Polo de Inovação e o campus João Pessoa.  A delegação estrangeira está sendo acompanhada também pela coordenadora de extensão tecnológica da Proexc, Alexsandra Chaves. 

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