A Pró-Reitora de Extensão e Cultura do IFPB, professora Tânia Andrade, está envidando esforços acadêmicos para implantar, no currículo da Instituição, uma área de formação acadêmica verticalizada em Etnoeducação, que ofertaria cursos de Licenciatura, Especialização e um Mestrado.

Nessa segunda-feira (30.04) foi realizada a primeira reunião para discussão dos encaminhamentos sobre a iniciativa acadêmica. Participaram da referida reunião, que aconteceu na Proexc, o Diretor de Pós-Graduação do IFPB, Alex Sandro da Cunha Rego; servidores integrantes da Coordenação de Pesquisa e Extensão do Campus João Pessoa/PB – COPEX, e lideranças indígenas Potiguaras.

As lideranças indígenas Potiguaras, que veem na iniciativa uma grande oportunidade de integração cultural, preservando os seus valores fundamentais, estão assessorando a iniciativa da professora Tânia Andrade, que tem se destacado como uma militante dos temas indígenas no IFPB e na Paraíba.  

Na referida reunião, também foram analisados os trâmites para a criação de cursos “lato sensu” (Licenciatura e Especialização) e “stricto sensu” (Mestrado), na Instituição, além de se discutir questões práticas relacionadas às necessidades de infraestrutura para a elaboração desses novos cursos, a exemplo da contratação de professores, biblioteca básica e manutenção do aluno no curso.

A Pró-Reitora Tânia Andrade explicou que nesse encontro inicial foram discutidas as preocupações e interesses dos povos Potiguaras, além de se conhecer os critérios e norteamentos para as futuras ações. “A ideia é criar, o mais rapidamente possível, uma licenciatura e uma especialização em Etnoeducação e, em seguida, com garra e fôlego, submeter um projeto de Mestrado ao MEC, conseguindo um constructo de verticalização do ensino’’, enfatizou.

O Diretor de Pós-Graduação do IFPB, Alex Sandro da Cunha Rego, salientou que a reunião foi bastante proveitosa e que o IFPB tem interesse em atender a essa demanda. “A reunião serviu para iniciar um estudo das possibilidades de oferecer a entrada dessa população indígena na educação voltada à etnoeducação”, disse.

Para o gestor da pós-graduação, a implantação dos cursos “lato sensu” é menos burocrática; já os cursos “stricto sensu”, que dependem da aprovação da CAPES, fogem ao controle institucional. O diretor sugeriu a possibilidade de criação de uma linha programática, na referida área, como tema no Mestrado Profissionalizante, já implantado na Instituição, como o caminho mais rápido para a iniciativa. 

 O Cacique Antônio Pessoa, conhecido como “Caboquinho”, comentou que a pauta da reunião foi bastante positiva, agradecendo a parceria do IFPB com o povo Potiguara. “Eu, como professor e Cacique, tenho muita preocupação de estar levando e trazendo conhecimentos para serem desenvolvidas com o povo potiguara, e cada capacitação que um professor venha a ter é algo que a população indígena ganha’’

A próxima reunião está prevista para ocorrer no próximo dia 16 de maio, no município de Rio Tinto.

Produção de Fábio Hermano, estagiário de comunicação da Proexc, com edição do jornalista Crisvalter Medeiros.