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Laboratório do Campus João Pessoa é capaz de caracterizar Nanomateriais

O Lanano foi criado para fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão no IFPB

O Lanano foi criado para fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão no IFPB
por publicado: 14/06/2016 11h50 última modificação: 14/06/2016 11h51

Equipamentos capazes de caracterizar materiais numa escala atômica e molecular, medida chamada nanômetro. Essa tecnologia, conhecida como Nanotecnologia, já está em uso no Campus João Pessoa desde fevereiro, quando foram realizados os primeiros testes feitos no Laboratório Interdisciplinar de Caracterização e Desenvolvimento de Nanomateriais (Lanano).

Além de ser uma área promissora, a utilização de materiais nanoestruturados em pesquisas geram grande interesse no desenvolvimento de novas tecnologias e podem ser aplicados em diversas áreas como Química, Engenharia, Meio Ambiente, Construção Civil, Saúde, Agricultura, Indústria, entre outras. O Lanano foi concebido justamente com o objetivo de apoiar e fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão do IFPB.

Como um laboratório de pesquisa científica, o propósito é fazer a caracterização e identificação de materiais nanoestruturados. Segundo o coordenador do laboratório, o professor do Curso de foto 1Licenciatura em Química do Campus João Pessoa, Jailson Machado, posteriormente os estudos poderão ser direcionados às propriedades dos materiais com fins de aplicação. "O Lanano é uma central analítica que dará apoio ao o usuário no desenvolvimento da sua pesquisa na produção e desenvolvimento de materiais nanoestruturados com aplicação tecnológica e inovação", pontua.

O projeto do laboratório foi elaborado pelo professor Jailson Machado em 2013, submetido, na época, à Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional e encaminhado à equipe técnica do Ministério da Educação, que o avaliou e aprovou. Os equipamentos e materiais necessários foram adquiridos nos ano seguintes pelo IFPB.

Mas para que o laboratório funcionasse foi necessário reformar o espaço físico de acordo com as especificações de segurança, como uma rede elétrica específica e a construção de uma central de gases analíticos (Nitrogênio, Hélio, Oxigênio). Só em setembro de 2015, a infraestrutura ficou pronta, a maioria dos equipamentos foi instalada e a equipe do Lanano foi treinada para utilizar essesfoto 2 equipamentos. "Gostaria de agradecer a administração do IFPB pela presença constante e o apoio na execução de todas as etapas deste projeto", ressaltou o professor Jailson.

Os seguintes equipamentos são utilizados no Lanano: Difratômetro de Raio X; Fluorescência de Raio X; Espectrômetro de Ultravioleta Visível, com esfera de integração; Espectrômetro de Infravermelho por Transformada de Fourier (FT-IR); Analisador de Área Superficial (BET). Em breve também será instalado um Analisador Térmico Simultâneo. O laboratório funciona no prédio da Pró-Reitoria de Extensão, localizado na Rua das Trincheiras, no centro da capital paraibana.

Além do professor Jailson, que coordena o laboratório, a equipe é formada pelas estudantes do curso de Licenciatura em Química, Layce Alicy e Isabele Francelino; os ex-alunos de Química do Campus JP, Tainá Souza, que atualmente é professora do Campus Catolé do Rocha, e João Jarllys, foto 3aluno do Doutorado de Química da UFPB.

Algumas parcerias já foram firmadas com departamentos da UFPB, como o de Química e de Energias Renováveis. Para o pesquisador e doutorando do Centro de Tecnologia da UFPB, José Félix, o Lanano é um laboratório de referência no estado. "Na Paraíba, eu desconheço um laboratório que se iguale ao nível desse do IFPB. Na minha área de atuação, que é Energias Renováveis, esse laboratório nos permite uma vasta gama de pesquisas, e para nossa região é fundamental. O Lanano tem tudo para tornar nosso estado pioneiro em muitas pesquisas na área de inovação tecnológica", afirmou.

O doutorando em Química da UFPB, João Jarllys, parabenizou a iniciativa do Campus João Pessoa por em apenas quatro anos montar um laboratório com uma estrutura excelente. "Isso inseriu o IFPB dentro dos centros de pesquisa já consagrados no Nordeste e no Brasil, porque no Lanano, dispomos de equipamentos de alto nível, de última geração. Então, essa iniciativa faz o instituto estar dentro da rota de pesquisa no país e no mundo, e cabe às comunidades interna e externa começarem a fazer uso dessa estrutura", ressaltou.foto 5

Outras parcerias com a UFPE e UFRN já estão em andamento. Mas para o professor Jailson, a principal finalidade do Lanano é atender os cerca de 60 grupos de pesquisas e pesquisadores, que podem ser beneficiados em seus projetos. Embora o regulamento do laboratório tenha sido encaminhado à Procuradoria Federal e, em seguida, aprovado pelo Conselho Diretor do Campus João Pessoa, ainda será avaliado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe)0020do IFPB.

Informalmente algumas amostras já estão sendo analisadas. Mas para solicitar a análise, o pesquisador de qualquer campus do IFPB, deve primeiro cadastrar o projeto, ao qual a amostra está vinculada, junto à Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação. No Lanano, o pesquisador preenche uma ficha de cadastro, informando o número do processo do projeto, só então a amostra entra na fila de análises do laboratório, que é por ordem de solicitação.

 

Comunicação Social do IFPB-Campus João Pessoa

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