Projeto de extensão do Campus Santa Luzia busca popularizar a ciência na região

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O “Ciência para Todos” trabalha com foguetes e outros materiais recicláveis

Fazer ciência e torná-la popular, acessível e de fácil compreensão sempre foi um desafio. Fazer ciência no sertão paraibano, com poucos recursos parece ainda mais desafiador, mas é o que tem movido o professor da disciplina de Química Leonardo Lúcio, sua aluna Sabrina Yasmine (bolsista do projeto de extensão) e  cerca de os outros dez estudantes voluntários do projeto de extensão do IFPB Campus Santa Luzia.

O projeto Ciência para Todos surgiu da vontade de incentivar os estudantes a gostarem de fazer ciência. Mas, permitir que eles transformem em prática aquilo que aprendem em sala de aula. No entanto, de acordo com o professor responsável, a ideia central do projeto, que envolve toda a comunidade de Santa Luzia e região, “é despertar o interesse pela ciência em todos os estudantes envolvidos, não só os que estudam no IFPB”.

E como o projeto se desenvolve e atrai a atenção dos jovens estudantes? A princípio, com a construção e lançamento de foguetes com material reciclável, como garrafas pet e papelão. Para o professor Leonardo, “a escolha do material se deve a fatores como: cuidado com meio ambiente e sustentabilidade, baixo custo e materiais que podem ser usados em competições futuras”.

Recentemente, os integrantes do projeto visitaram a Escola Municipal Ana Brito de Figueiredo e fizeram oficina de montagem e lançamento dos foguetes para os alunos do oitavo ano.  Sabrina Yasmine, bolsista do projeto, disse que a experiência foi enriquecedora e que os estudantes do Ana Brito ficaram empolgados com a atividade. “A ideia é demonstrar e facilitar a participação dos estudantes de outras escolas na construção e lançamento dos foguetes para que eles venham participar da competição que o professor Leonardo está organizando e que acontecerá durante a Mostra de Ciência e Tecnologia do IFPB Campus Santa Luzia”.

Esta é a primeira vez que Sabrina participa de um projeto de extensão como aluna bolsista e, ela tem aproveitado cada oportunidade. Mesmo com a rotina apertada em ter que conciliar os estudos com o tempo em que precisa se dedicar ao projeto, ela já vê resultados positivos.  “Tenho que administrar meu tempo, interagir com outros alunos, ajudá-los a trabalhar em grupo, auxiliar o professor. São atividades que agregam tanto nos meus estudos como na minha vida pessoal”, refletiu.

Leonardo Lúcio, responsável pelo projeto, afirma que um dos próximos passos é levar o projeto a uma das escolas do município de São José do Sabugi. “Nosso intuito é fazer ciência e estimular os estudantes daquela cidade, convidá-los para participar de competições internas e externas de foguetes, como a que haverá em nosso Campus durante a Mostra de Ciência e Tecnologia e na Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG), realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira em parceria com a Agência Espacial Brasileira.

Um entusiasta da ciência, Leonardo diz que, “embora na teoria ela pareça difícil, até para pesquisadores, é preciso dar uma chance a ciência, abrir a mente, enxergar a ciência como parte da sua vida e então, se deixar abrir para novas possibilidades”.