IFPB sedia palestra sobre papel do IPC em investigações criminais
Evento também abordou a importância da preservação do local do crime
Estudantes do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) - Campus Patos viveram uma experiência enriquecedora, há poucos dias, ao participarem de uma palestra promovida pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC). Realizada no dia 28 de maio, a apresentação teve como tema “A Preservação do Local do Crime e o Papel do Instituto de Polícia Científica da Paraíba nas Investigações Criminais”.
O evento foi realizado no auditório da unidade de ensino, tendo como público-alvo os estudantes dos cursos superiores em Engenharia Civil e em Segurança no Trabalho, bem como do curso técnico subsequente em Eletrotécnica.
A palestra foi uma iniciativa da unidade de Patos do Instituto de Polícia Científica da Paraíba, em parceria com o IFPB, com foco em segurança e preservação de provas criminais. Conforme o professor José Herculano, o IPC está realizando esse tipo de ação nas universidades e faculdades da região.
“Trata-se de uma campanha de esclarecimento e informação sobre a importância dos equipamentos, da polícia científica e criminalista e da preservação dos locais onde ocorrem acidentes e crimes, os quais precisam da polícia científica”, explicou. “Foi um momento interessante para os alunos, visto que há muitos equipamentos que são utilizados nos laboratórios de Eletrotécnica e de Segurança no Trabalho”, complementou o docente.
José Herculano ressaltou que, para os estudantes do Campus Patos, a palestra foi muito proveitosa, visto que o “evento está relacionado à segurança, utilização de EPIs, equipamentos elétricos e eletrônicos, equipamentos de engenharia e sensores, que são utilizados nos laboratórios de física, químicos e elétricos”.
Durante a palestra, também foram apresentados os chefes dos núcleos técnicos do IPC, que tiveram a oportunidade de expor suas atribuições, explicar suas áreas de atuação e demonstrar como cada núcleo contribui de forma integrada para o êxito das investigações criminais na Paraíba.
“Este momento proporcionou aos participantes uma visão abrangente da importância da perícia criminal, do rigor técnico aplicado nas análises e da necessidade de colaboração entre as forças policiais e a sociedade na preservação da cena do crime”, afirmou Vanduhy Vicente Leite Filho, chefe do Núcleo de Criminalística do IPC - Unidade Patos. “Assim, reforçou-se a mensagem de que a ciência forense é um pilar indispensável para a busca da verdade, a promoção da justiça e o fortalecimento da segurança pública”, acrescentou.
Preservação do local do crime é etapa crítica do processo de investigação
De acordo com Vanduhy Filho, a preservação do local do crime é uma das etapas mais críticas no processo de investigação criminal. Tal medida, ele explica, tem como principal objetivo garantir a integridade dos vestígios materiais encontrados na cena, os quais são essenciais para reconstruir a dinâmica dos fatos, identificar os autores e fornecer elementos técnicos robustos que sustentem a responsabilização penal dos envolvidos.
“Qualquer intervenção inadequada, contaminação, alteração ou destruição desses vestígios compromete gravemente a apuração dos fatos, prejudica a condução das investigações e pode, infelizmente, resultar em impunidade", alerta o especialista.
O chefe do Núcleo de Criminalística do IPC - Unidade Patos ressaltou que o trabalho pericial, além de altamente especializado, depende diretamente da preservação adequada do local do crime. “Sem essa preservação inicial, os vestígios podem ser perdidos, adulterados ou inutilizados, comprometendo toda a cadeia de custódia e, consequentemente, a eficácia do processo investigativo e do laudo pericial”, alerta.
SAIBA MAIS - O Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba é um órgão de natureza técnico-científica que atua diretamente na elucidação de crimes, aplicando métodos científicos e procedimentos especializados. Cabe ao IPC transformar os vestígios materiais coletados no local do crime em provas periciais, que possuem elevado valor jurídico e são, muitas vezes, determinantes para a correta apuração dos fatos, subsidiando a atuação da Polícia Judiciária, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Angélica Lúcio - Jornalista DGCOM/Reitoria com informações do Campus Patos


