Ex-aluno do Curso de Instrumento Musical está próximo de concluir a Licenciatura em Música

Jonathan é natural da cidade de Monteiro e, em entrevista, segundo ele, seu interesse pela música surgiu ainda no ensino médio, enquanto cursava o segundo ano na Escola Estadual José Leite de Oliveira: "Na época, eu fazia o segundo ano e eles começaram a ensinar, lá, instrumentos e foi a partir disso que eu comecei a aprender violão e tive as primeiras aulas de música”

A cidade de Monteiro, no Cariri Paraibano, é conhecida como "A cidade do Forró". É berço de artistas deste gênero, que são conhecidos nacionalmente, tais como o cantor, compositor e instrumentista, Flávio José; Walkyria Santos e da banda de forró Magníficos. Tendo em vista a importância da música para a cultura da região, foi aberto pelo Instituto Federal da Paraíba - IFPB campus Monteiro, o curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Instrumento Musical, o qual oferta desde o ano de 2011, qualificação para a formação de profissionais para essa área de atuação.

Dentre os egressos desse curso, destaca-se Jonathan, que ingressou na segunda turma de Instrumento Musical do IFPB, e, atualmente, cursa licenciatura em Música pela UFPB - João Pessoa.

Jonathan é natural da cidade de Monteiro e, em entrevista, segundo ele, seu interesse pela música surgiu ainda no ensino médio, enquanto cursava o segundo ano na Escola Estadual José Leite de Oliveira: "Na época, eu fazia o segundo ano e eles começaram a ensinar, lá, instrumentos e foi a partir disso que eu comecei a aprender violão e tive as primeiras aulas de música”. Segundo ele, um professor de música ao perceber o seu interesse, lhe informou sobre o curso técnico em Instrumento Musical e o incentivou a fazer o próximo vestibular. Ele ingressou no ano seguinte.

De acordo com Jonathan, a afinidade com a música surgiu de maneira rápida e espontânea. Jonathan relatou o que motivou a sua opção pelo curso de música no IFPB: "Foi justamente por eu  me identificar, nessa pequena experiência que eu tive de 3 meses mais ou menos, no final do segundo ano do ensino médio lá na (escola) José Leite. Eu senti a necessidade de conhecer mais a área e por que eu tava me identificando tanto, passava o dia todo com o violão agarrado, só parava pra estudar e dormir mesmo".

Jonathan falou um pouco sobre a sua experiência, enquanto estudava no IFPB. Para ele, o ensino médio do IFPB lhe proporcionou uma base sólida, que favoreceu seu ingresso na graduação - " se eu tivesse chegado hoje aqui na UFPB, só com o ensino médio lá da escola do estado, eu teria tido mais dificuldades para me adaptar". Destacando a qualidade do ensino da instituição.

Em seguida, ele comentou sobre sua ocupação na UFPB, atualmente. Ele cursa licenciatura em Música com ênfase em práticas interpretativas, a fim de tornar-se professor de música, contou que seu instrumento é o violão. Mesmo instrumento que iniciou no IFPB.

Jonathan foi perguntado sobre como é um curso superior em Música e qual a principal diferença entre o curso superior e o curso técnico integrado. Quanto a isso, o ex-aluno declarou que, para ele, a maior dificuldade seria o aprofundamento que se obtém em cada curso, relembrando que muitas vezes os alunos ingressam no curso integrado de música não por vocação, mas pela qualidade do ensino no IFPB, “[...] Pra mim, a maior diferença entre o curso técnico e a universidade é justamente esse aprofundamento. Apesar de na universidade também a gente vê muitas coisas assim, “por cima”, na verdade, todos que estão aqui querem ser profissionais e querem ser o melhor no que fazem, então, eles (os professores) “puxam”, sem remorso".

Para Jonathan, ter feito o curso técnico influenciou na sua escolha pelo curso superior em Música. Ele contou que a sua decisão em fazer o superior aconteceu aproximadamente 6 meses após ter ingressado no curso técnico: "Logo no início do curso, eu sempre gostava de ouvir uma pessoa tocando; eita, queria aprender também! E tinha aquela empolgação, lia livros também, [...] ia pra internet, ficava trocando experiências com outros colegas e, sempre, quando o pessoal tinha dificuldade, principalmente nas disciplinas teóricas, a gente dava uma espécie de aula, uma monitoria. [...] Nessa experiência de ensinar, fui vendo e me descobrindo naquilo. Então, desde o primeiro ano, lá no IF, eu já sabia que eu queria ensinar música".

Jonathan também foi questionado sobre quais dificuldades ele teve durante a realização da prova de música para a graduação, sobre o que foi mais fácil e o que foi mais difícil durante o processo. Quanto a isso, ele explicou que esta prova é dividida em três partes: a prova de instrumento, a prova de solfejo (leitura de partitura) e uma prova teórica - "[...]dentro dessas três áreas, a que eu tive mais dificuldade para executar foi justamente a de leitura de partitura". Ele explicou também que a de solfejo, possui três subdivisões que são a leitura de solfejo rítmico, falado e cantado. “[...] O falado e o rítmico, a gente trabalha muito no IFPB, foi tranquilo. Mas no cantado, a gente não fez tanto. Eu tive um pouco de dificuldade nisso. Mas, nas outras partes, eu tive bastante teoria e eu sempre buscava por fora. Então, pra mim, foi mais tranquilo".

O ex-aluno foi perguntado sobre quais os conhecimentos adquiridos no curso técnico e o quanto eles foram úteis na graduação. Para ele, todos os conhecimentos foram aproveitados em sua totalidade. Ele exemplificou citando a disciplina de Harmonia, da sua graduação, a qual reprova cerca de 70% dos estudantes. De acordo com ele, não só não teve dificuldades nesta disciplina, como ministra aulas particulares da mesma: "[...] a base que eu tive lá, ainda influencia muito toda a minha atuação, até profissional".

Jonathan seguiu falando sobre as diferenças entre os cursos. Ao relacionar a diferença entre a estrutura física do IFPB e da UFPB, ele se disse mais satisfeito com a do IFPB. Entretanto, destacou a dimensão do corpo docente da UFPB: "Aqui, o curso é muito antigo. [...] Aqui é referência (UFPB)”. Quanto à relação aluno-professor em cada instituição, ele declarou: "Lá (Monteiro), eu diria que a relação era muito mais de amigo que professor. Na hora da aula, estava lá, professor e aluno, aquele respeito. Mas, nos corredores, éramos amigos, saiamos pra lanchar junto. Assim, facilita ainda mais o aprendizado. [...] Já aqui, no departamento de música(UFPB), alguns são mais abertos, outros já são mais reservados, não abrem tanto essa relação".

“É possível você tocar, fazer outras coisas, mas se você puder continuar estudando, será ainda melhor pra complementar a formação”.

A entrevista continuou, com o entrevistador perguntando se o Jonathan recomendaria o Curso Integrado de Instrumento Musical no IFPB: “Recomendo, com certeza”. Jonathan continuou deixando uma sugestão para os alunos que ainda estão no curso: “Que aproveitem a estrutura. Que aproveitem os recursos. Até as viagens, de você conhecer, participar de eventos na área. Tudo isso contribui pro nosso aprendizado”.

Você pode ouvir a entrevista completa, clicando aqui.


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