Estudantes do IFPB desenvolvem garra robótica a partir de acrílico e MDF
Artefato tem potencial para aplicações educacionais e práticas
Alunos do IFPB Campus João Pessoa criaram uma garra robótica inovadora, desenvolvida a partir de materiais como MDF e acrílico. O projeto une áreas de eletrônica e eletrotécnica, mostrando como a tecnologia é usada de maneira eficaz para enfrentar problemas reais. A ideia foi desenvolvida por um grupo de alunos, liderado por Klaudio Miguel, sob orientação do professor Ariovaldo Dezotti.
O protótipo é feito com materiais acessíveis e duráveis. A estrutura principal é feita em MDF, material escolhido pela leveza, fácil montagem e eficiência, enquanto a base em acrílico permite a visualização do funcionamento interno do dispositivo. O design é funcional e pedagógico, com o objetivo de tornar o aprendizado mais dinâmico e acessível.
A garra robótica é inspirada em modelos encontrados na internet, só que mais avançando e com ações específicas, o protótipo é controlável à distância e tem a capacidade de se locomover. A intenção é que, em breve, o dispositivo possa ser operado pelo celular e posteriormente conquiste sua autonomia, usando sensores e inteligência artificial, identificando e interagindo com o ambiente ao seu redor.
A ideia é multidisciplinar e envolve vários campos do conhecimento, como programação, montagem, impressão 3D e eletricidade. A garra robótica tem potencial para aplicações em situações de manipulação de objetos em espaços pequenos ou de acesso limitado, permitindo o manuseio de materiais potencialmente perigosos à saúde e segurança humana, como resíduos em ambientes contaminados.
Para Klaudio Miguel, idealizador do projeto junto com outros colegas, o melhor do processo de criação foi aprender a utilizar vários mecanismos e tecnologias diferentes na construção do protótipo, e apresentá-lo na última edição da Semana de Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia. “As crianças que vieram ao Pulsar amaram o projeto e isso trouxe muita felicidade pra gente", afirma ele.
Para o futuro, a ideia é aprimorar a precisão e a durabilidade do dispositivo, além de aumentar o tamanho, melhorar a locomoção e permitir que ele opere em superfícies como areia e terrenos irregulares. O protótipo também será levado para escolas de ensino fundamental, com o intuito de despertar o interesse dos jovens pela tecnologia desde a educação básica.
Segundo Júlio Cezar, um dos participantes do projeto, “o mais gratificante de todo o processo de produção foi a oportunidade de integrar e aplicar o conhecimento teórico adquirido em sala de aula. Graças aos fundamentos do meu curso, pude traduzir conceitos complexos de eletricidade e eletrônica em um sistema físico funcional” disse ele.
Esse projeto reafirma o compromisso do IFPB com a inovação e a educação de qualidade, mostrando como a tecnologia é uma poderosa ferramenta para promover a sustentabilidade. A garra robótica, com seus futuros aprimoramentos, tem o potencial de se tornar uma solução educativa, ambiental e funcional de grande impacto, fortalecendo a cultura científica e tecnológica, dentro e fora do instituto.
Texto: Kayck Jesse, Estagiário
Revisão: Juliana Gouveia, Jornalista



