Feira de Ciências revela talentos e inovações dos estudantes do Ensino Técnico Integrado

Projetos unem criatividade, tecnologia e consciência ambiental em trabalhos com impacto social

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A XX Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do IFPB Campus João Pessoa, o Pulsar 2025, trouxe duas grandes novidades: a Feira de Ciências e a Feira de Profissões. Na Feira de Ciências, os estudantes do Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio foram os protagonistas, apresentando projetos desenvolvidos nas salas de aula e demonstrando como o conhecimento técnico pode transformar ideias em soluções inovadoras.

Um dos trabalhos que chamou atenção foi o Nubstech, um drone com câmera térmica infravermelha desenvolvido por alunos do curso Técnico Integrado em Eletrônica do 1º ano. O equipamento tem como objetivo identificar pessoas desaparecidas ou em afogamento no mar, enviando automaticamente a localização para equipes de resgate. O grupo explicou que o projeto surgiu da preocupação com o número crescente de afogamentos e que pretende, no futuro, aprimorar o modelo para resistir a diferentes condições climáticas.

O professor José Gilberto Sobreira, orientador do trabalho, destacou que “o mais importante para a comunidade acadêmica é exatamente a divulgação do conhecimento adquirido. Quando o aluno se propõe a fazer um projeto, ele está também ajudando a instituição a divulgar a ciência”.

Bacia Hidrográfica .JPGOutro destaque foi o projeto Modelo Reduzido de Bacia Hidrográfica para Apoio ao Ensino Técnico, apresentado pelos estudantes do curso Técnico Integrado em Controle Ambiental do 2º ano. O grupo explicou de forma didática o ciclo hidrológico, mostrando os processos de evaporação, precipitação, infiltração e escoamento e como eles se interligam para manter o equilíbrio dos recursos hídricos. O modelo busca facilitar a compreensão de conceitos ambientais importantes, aproximando teoria e prática no aprendizado.Estação Meteorológica Oceânica.JPG

Os alunos do curso Técnico Integrado em Eletrônica do 2º ano também apresentaram a Estação Meteorológica Oceânica, projeto coordenado pelo professor Marcílio Onofre. O sistema é capaz de medir diversas variáveis climáticas, como pressão atmosférica, temperatura da água e do ar, pluviosidade e velocidade dos ventos, transmitindo os dados em tempo real para uma página na internet. A proposta é desenvolver uma tecnologia de baixo custo que possa ser utilizada em pesquisas e monitoramentos ambientais.

Mares em Plástico.JPG

Já o projeto Mares em Plástico, criado por estudantes do curso Técnico Integrado em Contabilidade do 2º ano, uniu moda, sustentabilidade e economia circular. O grupo reutilizou sacolas plásticas descartáveis para produzir bolsas, acessórios e outros itens criativos, chamando atenção para o impacto do plástico nos oceanos. As estudantes destacaram que a proposta busca contribuir para a redução da produção e descarte de plásticos, alinhando-se às políticas ambientais e a práticas de consumo consciente.

Para a professora Lilian Cardoso, uma das organizadoras da Feira de Ciências, a iniciativa marca um avanço importante no envolvimento dos estudantes do Ensino Técnico Integrado. “O Pulsar vem sendo construído há 20 anos e, nesse processo, buscamos cada vez mais envolver a comunidade interna e externa. A Feira de Ciências surgiu como uma estratégia para estimular a participação dos nossos discentes e vivenciar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão e inovação. Tivemos 16 grupos inscritos, com mais de 100 alunos, e o que se destacou foi o impacto social dos projetos, que refletem a missão do campus em promover uma educação integradora e humanística”, ressaltou.

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