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Histórias de sucesso: Matheus se divide entre o amor pelo judô e a tecnologia

Matheus Luna Moreira é faixa preta em judô e aluno do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas
por publicado: 22/10/2019 17h15 última modificação: 24/10/2019 11h37

Matheus Moreira Luna é aluno do sexto período do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFPB Campus Cajazeiras e se inspira em melhorar a vida de muitos unindo duas grandes paixões: judô e tecnologia. Em fase de conclusão de curso, ele trabalha para criar um aplicativo que pode melhorar a vida de pacientes que sofrem de alzheimer. Nas horas vagas, o faixa preta em judô se dedica ao projeto de extensão Tatame Legal que reúne uma média 90 alunos praticantes.

Com 23 anos, Matheus inspira colegas no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba. Recentemente ele participou do MEDINFO, um importante evento mundial em saúde digital que reúne cientistas, médicos, professores, estudantes, empresas e instituições de todo o mundo. Com ajuda do Campus Cajazeiras, da família e da professora de Educação Física Samara Brasil, Matheus passou oito dias na cidade de Lyon, na França, onde o evento aconteceu. Lá ele teve a oportunidade de apresentar o artigo que tem o mesmo tema do seu projeto de TCC: uma plataforma para o monitoramento de pacientes diagnosticados com alzheimer no nível inicial da doença.

Em Lyon Matheus fez contatos com profissionais de várias localidades, trocou experiências e principalmente: uma multinacional se interessou por seu aplicativo. “Troquei contato com a diretora de produção da Siemens que ficou interessada em levar o projeto do meu aplicativo para a Austrália”, disse. No TCC, Diogo Moreira e Fábio Abrantes, são seu orientador e coorientadora, respectivamente.

No dia a dia o judoca divide seu tempo entre os estudos e o tatame legal. Matheus é praticante de judô desde os oito anos de idade e de 2017 para cá toca o projeto de extensão no Campus como professor. “Comecei a dar aulas numa turma de 35 alunos, sem equipamento e ocasionalmente utilizava tatames emprestados do Campus Sousa. Dois anos depois o projeto cresceu e atende e tem uma função social imprescindível para a comunidade local”, disse.

Foi ensinando à arte marcial a crianças e adolescentes que ele descobriu sua vocação para ser professor e diz que futuramente fará graduação em educação física. Matheus viveu na prática o poder do esporte sobre quem o pratica. “Quando me mudei de Petrolina para Cajazeiras para cursar ADS quase entrei em depressão e fui salvo pelo judô. Sei o quanto essa atividade pode tornar o ser humano mais forte, combater depressão, ansiedade, problemas sociais e refletir diretamente no rendimento escolar dos meus alunos, ao melhorar o foco e a disciplina”, disse.

O projeto tatame legal recebe alunos de diversas escolas de Cajazeiras, não só do IFPB. Para dar conta de quase 90 alunos, ele conta com o auxílio de alunos graduados: Naline, Filipe, Izaquiel e Oclávio. Crianças a partir de 10 anos podem participar. As aulas acontecem nas segundas, terças e quintas-feiras.

*Por Clara Marinho - Jornalista do Campus Cajazeiras

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