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Falar sobre saúde mental e suicídio no IFPB

Estão sendo realizadas rodas de conversa com as turmas para discutir o problema que tem vitimado muitos jovens.
por publicado: 16/02/2017 11h09 última modificação: 06/03/2017 10h24

O crescente número de suicídios na cidade de Cajazeiras e região, motivados por problemas de saúde mental, a exemplo da depressão, motivou um grupo de psicólogos a se reunirem para traçar estratégias de atuação para esclarecer a população a respeito do problema. Esse grupo tem a participação da Psicóloga do IFPB Campus Cajazeiras, Iria Raquel Borges Wiese, a qual tem desenvolvido um trabalho de prevenção com os alunos dos cursos técnicos integrados.

“A ideia de fazer rodas de conversa nas turmas do integrado sobre saúde mental e suicídio surgiu da necessidade de quebrar os tabus que existem em torno desses temas. As coisas só começam a mudar quando a gente começa a falar abertamente sobre elas. É preciso criar espaços onde os jovens possam ser acolhidos, onde possam expressar suas opiniões, suas angústias e sentimentos, se informar e saber que podem contar com ajuda para enfrentar as situações adversas da vida. Foram realizadas até agora 4 rodas de conversas e os estudantes têm sido participativos e abertos às temáticas”, contou Iria.

 De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. Essas taxas vêm aumentando globalmente. Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, sendo que o número de vidas perdidas desta forma, a cada ano, ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados.

O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. Em 2012 foram registradas 11.821 mortes, cerca de 30 por dia, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres. Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, os dois principais fatores de risco ao suicídio são a tentativa prévia e a doença mental, como a depressão.

Iria Wiese, ressaltou que além da importância de discutir o tema na escola, a família e os laços sociais são fundamentais para a saúde mental do indivíduo. Para a psicóloga Rayane Carvalho, é importante que diversos setores da sociedade se unam para enfrentar o problema do suicídio. “Segundo a nossa Constituição Federal, é direito fundamental do cidadão o bem-estar psíquico, amparado por lei e facilitado pelos vários serviços públicos de atenção e auxílio. Mas para isso, é preciso a articulação destes serviços e servidores para a construção de uma realidade social mais justa”.

 Confira os endereços de alguns serviços de saúde mental em Cajazeiras:

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) Infantil: Atenção à saúde mental de crianças e adolescentes (abaixo de 18 anos). Endereço: Rua Aldo Matos de Sá (próximo ao Arena);

CAPS  II: Atenção   à   saúde   mental   de   adultos   com   transtornos mentais. Endereço: Rua Epifânio Sobreira, 263, Centro (próximo ao Leblon). Atende as cidades de Bom Jesus, Cachoeira dos Índios e Cajazeiras;

Caps  AD II (álcool e drogas): Atenção   integral   e   continuada   às   pessoas   com necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas. Endereço: Rua Tabelião Antonio Holanda;

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): funciona dentro da Secretaria Municipal de Saúde.

 

Lidiane Maria – jornalista do IFPB/Campus Cajazeiras.

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