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Estudantes criam projetos que aliam gamificação e biologia

Jogos criados por alunos do IFPB Campus Cabedelo foram apresentados na 19ª Secitec - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
por publicado: 19/12/2022 11h18 última modificação: 20/12/2022 11h51

Estudantes do IFPB Campus Cabedelo criaram projetos que aliam conhecimentos aprendidos em sala de aula e o conceito de gamificação. Em forma de jogos didáticos, os trabalhos foram desenvolvidos como parte do curso Técnico Integrado em Multimídia, na disciplina Projeto Integrador.

Estudantes do IFPB Cabedelo desenvolvem jogos didáticos (2).jpgDe acordo com o professor de biologia Cassius Ricardo Santana, os projetos integradores fazem parte da matriz curricular dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do IFPB Cabedelo. Estão presentes nas três séries do ensino médio e contemplam uma série de atividades que vão integrar as disciplinas relacionadas a cada ano letivo dos alunos.

“A ideia é que no projeto integrador haja um diálogo entre todas as disciplinas, das áreas de humanas, exatas e ciências em geral, para que eles consigam formular projetos que desenvolvam produtos ou informações relacionadas a temas que perpassam cada uma dessas áreas”, explica o docente.

Estudantes do IFPB Cabedelo desenvolvem jogos didáticos (12).jpgDois jogos desenvolvidos este ano pelos alunos, “Body War” e “Biocard - Luta pela sobrevivência”, foram expostos neste segundo semestre em eventos realizados na Paraíba. Eles integraram a programação da 19ª Secitec (Semana Nacional de Ciência e Tecnologia), realizada em novembro na cidade de João Pessoa, e a X Órbita (Semana de Educação, Cultura, Ciências e Tecnologia do IFPB Campus Cabedelo), ocorrida em outubro.

Segundo o professor Cassius Santana, o “Body War” e o “Biocard” são produtos que fazem parte da proposta de projeto integrador de mobilizar os alunos junto a um tema desde o 1º ano do ensino médio. Nesse caso, eles trabalharam a gamificação, ou seja, a transformação de conteúdos da sala de aula em jogos que possam ser reproduzidos e aproveitados por qualquer pessoa com finalidade didática.

Estudantes do IFPB Cabedelo desenvolvem jogos didáticos (6).jpgPara a criação efetiva dos jogos, os estudantes se envolveram com todas as etapas (pesquisa, design, história, logo, nome, mecânica, fotografias, publicidade etc.), mas sempre contando com o apoio dos professores das disciplinas envolvidas e dos orientadores dos projetos.

“A participação de todos os docentes foi fundamental”, destaca Cassius Santana.  Além dele, tanto o “Body War” quanto o “Biocard” foram desenvolvidos com o apoio direto dos professores Thyago Silveira, Valdecir Teófilo Moreno, Rafael Efrem e Maria Lúcia Bezerra.

Estudantes do IFPB Cabedelo desenvolvem jogos didáticos (5).jpgUm dos benefícios da disciplina Projeto Integrador é fazer, de forma muito efetiva, com que os estudantes amadureçam, ano a ano, o conteúdo com que têm contato ao longo das três séries. “Essas informações serviram para que eles gerassem produtos didáticos de extrema qualidade, com complexidades diferentes, mas todos muito divertidos e bem aproveitáveis. Tivemos jogos na área de química, de história, de exatas, na área de biologia, que é a minha, e todos eles foram muito bem sucedidos especialmente no sentido de também de integrar atividades práticas”, avalia o professor Cassius Santana.

Saiba mais sobre os jogos Biocard e o Body War

BIOCARD - Danilo Chianca, Tiago Rangel, João Vítor Moraes e Filipe Moura formam o grupo de estudantes que criou o “Biocard - Luta pela sobrevivência”, que aborda, especificamente, conhecimentos de zoologia. Biocard é um jogo de cartas que apresenta seres vivos, com descrições de animais, fungos e plantas, dentre outros.

O jogo foi pensado com base no TCG (Trading Card Game), que é um jogo de cartas colecionáveis. Trata-se de um gênero de duelo em que o objetivo é derrotar o adversário, por meio de diferentes estratégias. “É como se fosse um jogo de xadrez. Você vai movimentando as peças no tabuleiro, para derrotar o oponente. Os dois jogadores têm um tempo de vida, e ganha o jogador que zerar a vida do oponente”, explica o estudante Danilo Chianca.

Estudantes do IFPB Cabedelo desenvolvem jogos didáticos (8).jpgInicialmente, o jogo terá apenas dois decks: Marítimo (seres dos mares) e Deserto (seres do deserto). “Futuramente, queremos criar outros decks, Selva, Savana, Glacial”, planeja Danilo. A concepção do jogo começou ainda no primeiro semestre de 2022, e os alunos levaram vários meses até a execução do protótipo final.

“A ideia era justamente uma gamificação, dentro do Projeto Integrador; fazer um jogo de cartas, como proposto por nosso orientador. Então a gente escolheu esse gênero, que a gente gosta tanto e joga desde a infância, e decidiu pegar os seres vivos para fazer esse estilo de jogo”, comenta Danilo.

BODY WAR - Kayke de Andrade, Ledo Ivo e Letícia Ribeiro são os criadores do jogo “Body War”. A ideia original partiu de Kayke, e os colegas colaboraram em outras áreas, como mecânica, design, fotografia e publicidade.

O jogo de cartas mescla aspectos filosóficos e de saúde, especialmente informações relacionadas ao sistema imunológico do corpo humano. “O objetivo do ‘Body War’ é trazer tanto essa ideia filosófica quanto abordar a pandemia e o sistema imunológico, especialmente para as crianças e os adolescentes que têm dificuldade com o tema”, explica Kayke.

Estudantes do IFPB Cabedelo desenvolvem jogos didáticos (4).jpgPara criar o protótipo inicial, impresso em papel comum, foi necessário um mês. Depois foram investidos mais alguns meses, para aperfeiçoamento, criação do segundo protótipo e apresentação em simpósios e feiras de ciências.  Kayke Andrade conta que, desde o início da produção do jogo, o grupo já levava o protótipo para outros locais, como bibliotecas, para ver como as outras pessoas reagiam ao “Body War”; se gostavam, divertiam-se e tinham sugestões a fazer.

“É um jogo que, desde o primeiro dia, sempre foi para perto dos alunos, para saber o que eles achavam, e o que sugeriam mudar. E hoje estamos com a segunda versão do ‘Body War’ que, para mim, é uma das versões mais perfeitas”. O estudante também contou que o grupo pretende comercializar o jogo e levá-lo a mais pessoas. 

* Angélica Lúcio – Jornalista IFPB

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