Um projeto desenvolvido por um servidor do IFPB Campus Sousa em parceria com um professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) rendeu uma nova patente às duas instituições. A invenção patenteada se chama “Método de estimativa e previsão de movimento em séries temporais de imagens” e tem como objetivo prever uma imagem futura a partir de séries de imagens obtidas no passado.

O método patenteado é fruto de uma pesquisa realizada conjuntamente pelo servidor do Campus Sousa Dickson Nascimento Dantas e pelo professor Dr. Harold Ivan Angulo Bustos, da UERN. Uma patente é um título de proteção temporária de propriedade industrial de métodos e produtos recém-inventados ou que foram aprimorados a partir de novos usos ou de iniciativas inovadoras. O título de patente é importante para garantir aos criadores os direitos autorais sobre o produto patenteado. No Brasil,  o registro de patente é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

De acordo com Dickson Dantas, um dos criadores do projeto, o método pode ser aplicado a diversas situações em que seja necessário obter uma imagem de tempo futuro tomando como base séries de imagens anteriores. “O método foi aplicado em imagens de Sísmica 4D, que são muito utilizadas na indústria de petróleo. Também aplicamos a técnica em imagens sintéticas de objetos e fluidos em movimento, em mapas NDVI de sensoriamento remoto e em tomografias médicas de tumores em crescimento”, explicou Dickson. Outra aplicação possível, segundo Dickson, é no setor de meteorologia, onde se mede a probabilidade de chover em determinadas regiões a partir da dinâmica da atmosfera.

Dickson destacou a importância de uma iniciativa como essa tanto para o setor de inovação em geral quanto para as instituições envolvidas no desenvolvimento de novas soluções criativas: ”As oportunidades para os próximos anos na área de Inteligência Artificial são muito promissoras, visto que boa parte da comunidade científica está se mobilizando e até iniciando uma corrida tecnológica. Então, creio que essa sinergia do IFPB e da UERN foi muito importante para termos resultados de impacto relevante e que possam trazer desdobramentos futuros mais amplos, em diferentes áreas”, declarou.