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Campus Santa Rita realiza a II Semana de Combate à LGBTfobia

Os alunos participaram ativamente, reforçando compromisso com a educação inclusiva e transformadora
por publicado: 30/05/2023 11h41 última modificação: 21/06/2023 12h45

No último dia 18, recebemos em nosso Campus a presença de Clarisse Mack, do Núcleo de Diversidades da Defensoria Pública da Paraíba, para uma roda de conversa intitulada "Por uma escola sem violência: conhecendo os direitos das pessoas LGBTQIAPNB+". A atividade, realizada em comemoração ao Dia Internacional de Combate à LGBTfobia em 17 de maio, contou com a participação dinâmica dos estudantes, que discutiram sobre gêneros, sexualidades e estratégias para enfrentar a violência direcionada à comunidade LGBTQIAPNB+, por meio do acesso à informação de qualidade e práticas cidadãs.

LGBTfobia abrange a ofensa, lesão, negação de direitos e até assassinato de pessoas gays, lésbicas, bissexuais, trans ou com outras identidades não hétero-cis. Essa violência pode se manifestar de várias formas, como "brincadeiras" ofensivas, insultos velados, agressões verbais e físicas, além do bullying e desrespeito nas instituições de ensino. De acordo com dados da Transgender Europe e da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), o Brasil lidera os casos de assassinatos de pessoas trans pelo 14º ano consecutivo. Essa discussão é urgente e necessária.

Desde 2019, a LGBTfobia é considerada crime equiparado ao racismo no Brasil, com pena de um a três anos de prisão, além de multa. Em casos de ampla divulgação de atos homofóbicos em meios de comunicação, como redes sociais, a pena pode chegar a dois a cinco anos de prisão, além de multa. Clarisse apresentou, de maneira simples e acessível, as leis brasileiras, incluindo a Constituição Federal, e tratados internacionais que garantem o direito à vida digna e à liberdade.

Durante a roda de conversa, Clarisse ressaltou a importância de uma educação livre de violência, que promova o respeito à diversidade. Ela enfatizou a necessidade de conhecer as normas que asseguram os direitos humanos das pessoas LGBTQIAPNB+ e contribuem para uma cultura de paz, sem discriminação. Todos devemos assumir a responsabilidade por um país mais justo e igualitário, compartilhando informações que combatam o preconceito e agindo de forma antilgbtfóbica.

A II Semana de Combate à LGBTfobia, proposta pelo NAPS do Campus em parceria com a CAEST, COPED e NAPNE, ocorreu de 17 a 19 de maio. Os estudantes desempenharam um papel fundamental, participando ativamente na elaboração da programação, sugerindo ideias e criando materiais como cartazes e vídeos informativos. Juntos, cantaram, conversaram, assistiram filmes e ergueram a bandeira da diversidade. Coloriram o Campus, suas roupas e, acima de tudo, seus pensamentos e atitudes em prol da transformação social almejada. O compromisso com uma educação libertadora, promovendo cidadania e paz, foi reafirmado.

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