Assert desenvolve protótipos de extração da castanha de baru
Tecnologia inédita vai aumentar produtividade da empresa Bio2me, de Goiás
Pesquisadores do Laboratório Assert, vinculado ao Polo de Inovação do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), desenvolveram o projeto Smart Break Baru, que resultou em protótipos voltados ao processo produtivo da empresa Bio2me, localizada em Vila Boa-GO. A iniciativa permitiu a criação de um mecanismo automático para a quebra do fruto do baru, eliminando a intervenção do operador. Até então, a extração da castanha era realizada de forma manual, por meio de mecanismos artesanais para a quebra do fruto. O projeto foi financiado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O baru é um fruto típico do Cerrado brasileiro, cuja castanha é considerada um superalimento devido às propriedades nutricionais. O Smart Break Baru teve duração de 12 meses e envolveu uma equipe composta por três servidores e quatro estudantes do IFPB, além de cinco profissionais, sendo dois deles ex-alunos da instituição, atualmente vinculados ao Laboratório Assert. O projeto resultou em dois protótipos: um totalmente automático para quebra do baru e extração das castanhas; e outro que realiza a classificação dos frutos por tamanho.
“Nosso protótipo é o primeiro modelo automático de quebra e extração de castanhas de baru. Essa constatação também se aplica ao ambiente industrial nacional e internacional. Nas pesquisas de benchmarking realizadas, não foram encontradas máquinas que realizem essa função de forma automática, seja no Brasil, seja no exterior”, destaca André Fellipe Cavalcante, coordenador do projeto e professor do IFPB. Ele acrescenta que este foi o primeiro projeto do Laboratório Assert voltado ao setor do agronegócio.
Para o CEO da Bio2me, Claudio Fernandes, a inovação precisa ter propósito. “O projeto Smart Break Baru é um exemplo de como ciência e tecnologia podem fortalecer cadeias produtivas sustentáveis e gerar impacto positivo. Estamos muito felizes com os resultados da parceria entre Bio2me, Laboratório Assert, Polo de Inovação e a Embrapii”, afirma.
O processo de inovação na Bio2me tem gerado ganhos significativos em produtividade, uma vez que a quebra automática é mais rápida. Houve também automação de processos, como a classificação por tamanho dos frutos, o que permite à empresa atender a diferentes setores do mercado, com demandas específicas, além de obter melhorias nas condições de trabalho. Os frutos menores são classificados como de baixa qualidade; enquanto os maiores, como de maior valor agregado.
Investimento foi de R$ 551 mil, com financiamento da Embrapii
O Smart Break Baru foi viabilizado por meio de recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. O investimento total foi de R$ 551.777,82, sendo R$ 78.431,60 em recursos financeiros da empresa Bio2me; R$ 269.336,00 repassados pela Unidade Embrapii IFPB/Polo de Inovação; R$ 54.010,22 em recursos econômicos não financeiros do Instituto Federal da Paraíba, por meio da mesma unidade; e R$ 150 mil em recursos financeiros do Sebrae, também por meio da Embrapii.
“A empresa procurou a Embrapii e, após identificar que se tratava de uma demanda de automação de processo, a instituição direcionou a Bio2me para nossa unidade do IFPB, credenciada na área de Sistemas para Manufatura”, explica o professor André Fellipe. Atualmente, a Bio2me avalia o desempenho do protótipo desenvolvido pelo Laboratório Assert e negocia a segunda fase do projeto, com o objetivo de ampliar ainda mais a produtividade.
DGCOM/IFPB com informações do Ecossistema de Inovação
Edição: Angélica Lúcio
Acesse aqui para conferir um vídeo com imagens dos protótipos.


