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Campanha IFPB Solidário se prepara para maior atenção aos ciganos no estado

Grupo social costuma ser esquecido pelo poder público e enfrenta problemas nessa pandemia
por publicado: 13/11/2020 09h05 última modificação: 13/11/2020 09h05

A Campanha IFPB Solidário que ao longo dos últimos sete meses beneficiou com cestas básicas milhares de famílias no estado fragilizadas pela pandemia da novo coronavírus, prepara suas atenções para um grupo social esquecido pelas políticas públicas, os ciganos.

A ONG Rede Povos da Terra da Paraíba estima que no estado há cerca de 700 famílias de ciganos em 67 municípios, todos da etnia Calon. A maior concentração é na cidade de Sousa, mas há registros de grupos em municípios como Condado, Guarabira, Santa Luzia, São João do Rio do Peixe e Marisópolis. “Os ciganos não aparecem nas pesquisas do IBGE o que prejudica a aplicação de políticas públicas para esses povos” disse o presidente da ONG, Emanuel Monteiro.

Embora estejam em vários municípios, os ciganos permanecem “invisíveis” aos gestores públicos e enfrentam problemas como o preconceito e o analfabetismo. É o que relata Maria Jane Soares, presidente da Associação Comunitária dos Ciganos de Condado (Ascocic), entidade cujo estatuto prevê atuação em âmbito regional, nacional e internacional.

“Não temos nenhum apoio, nenhuma ajuda, os ciganos sofrem discriminação diante de suas tradições e cultura” afirma Jane. Ela conta que para sobreviver os ciganos fazem troca e venda de produtos. A prática da leitura de mãos e de cartas deixou de ser contravenção penal, por isto não é considerada crime, mas há desinformação e muitos ciganos ainda são recriminados.

O Coordenador da Campanha IFPB Solidário, professor Manoel Macedo, explica que diante da falta de assistência governamental para esse grupo social faz-se necessária uma atenção para os ciganos nessa pandemia. “O IFPB se solidariza com esses povos, muitas vezes excluídos da sociedade e que têm seus direitos negados. Estamos atentos a estes problemas e vamos ajudá-los da melhor maneira possível” concluiu.

DGCOM do IFPB

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