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Mulheres que fizeram história no IFPB

Conheça a trajetória de Analice Caldas, Luzia Simões Bartolini e Maria Tércia Bonavides
por publicado: 08/03/2017 11h54 última modificação: 08/03/2017 14h17

Educadoras, pioneiras, desafiadoras... No dia dedicado especialmente às mulheres, a Diretoria-geral de Comunicação e Marketing destaca a atuação de três mulheres que marcaram a educação paraibana e a história do Instituto Federal da Paraíba.

Analice Caldas (1891-1945)

Nascida no município de Alagoa Nova, a professora Analice Caldas concluiu seus estudos em 1911, na Escola Normal de João Pessoa - que na época, era o único espaço que as mulheres possuíam para prosseguirem seus estudos e ingressarem  no mercado de trabalho. Em 1923, após aprovação em concurso de âmbito nacional, a nível federal, para a cadeira de Português, ingressou no então Liceu Industrial, antiga Escola de Aprendizes Artífices. E, junto com Tércia Bonavides, Glaura Vilar, Ana Ribeiro Mendelo, Castorina de Menezes , Anália de Miranda , Neide da Silva, Maria Eulina Leal e Augusta Flores, foi professora do curso primário, lecionando matérias básicas, já que cabia, exclusivamente aos homens, o ensino dos conteúdos técnicos dos cursos oferecidos.

"A história de Analice Caldas me chamou atenção por ter sido ao seu tempo, uma pessoa bastante influente no universo intelectual paraibano (...) O interesse por sua história aumentou na medida em que vou descobrindo que além de professora, também havia sido, uma árdua defensora das idéias feministas ao seu tempo, no papel de sócia fundadora da Associação Parahybana pelo Progresso Feminino (A.P.P.F.), em 1933, ao lado de outras mulheres. Esse mesmo grupo, ao que parece, desempenhou importante papel nos bastidores da política do nosso Estado, além de ser uma emblemática expressão de atuação políticas feminina em plena década de 1930", revelou Favianni da Silva, pesquisadora.

Luzia Simões Bartolini (1911-1978)

Uma das primeiras paraibanas a ascender no campo da cultura musical, a professora Luzia Simões Bartolini recebeu ensinamentos dos maestros Heitor Villa-Lôbos e Gazzi de Sá. Lecionou na Escola Industrial, no ano de 1952,  como professora de Canto Orfeônico até 1975, quando se aposentou. Porém, permaneceu em atividade no âmbito escolar, como prestadora de serviços, no campo administrativo. Luzia ainda atuou como Secretária Executiva e Tesoureira da Caixa Escolar da Escola Técnica (1964-1972); membro do Conselho de Professores da Escola Técnica Federal da Paraíba (1966-1967); e Secretária do Conselho de Representantes da Escola Industrial Federal. Em 1967, respondeu, nas ausências do então diretor Itapuan Bôtto Targino, pela Diretoria da Escola Industrial.

Maria Tércia Bonavides  (1903-1982) 

Diplomada em 1919, também na Escola Normal, Tércia Bonavides prestou serviços como professora de Geografia e História na Escola de Aprendizes e Artífices da Parahyba. Fez parte da Comissão do Exame de Suficiência para o Registro de professor da Escola na década de 1930. Foi reconhecida na gestão do diretor Itapuan Bôtto, recebendo a Medalha de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados a instituição. 

“Para ser professor da Escola de Aprendizes e Artífices na época tinha que ter uma cátedra muito grande, era como se fosse hoje um professor de uma faculdade dessas particulares”, Arion farias, ex-aluno da professora Tércia.