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De aluno a Professor

José Augusto, da primeira turma de TCE. Ele se formou em 2014, fez Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental pela UFPB, e, atualmente, faz doutorado na mesma universidade. Além disso tudo, José Augusto, recentemente, foi aprovado no concurso de professor substituto do IFPB – Campus Monteiro
por publicado: 28/02/2018 08h45 última modificação: 28/02/2018 13h27

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba(IFPB) – Campus Monteiro  foi criado em 2008, a partir do Plano de Expansão da Educação Profissional do Governo Federal, que visava, dentre outras coisas, a ampliação do número de instituições de educação técnica e superior, favorecendo o desenvolvimento social e econômico  regional. Nesse contexto, o Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios (TCE)  foi o primeiro curso superior a ser ofertado pelo referido campus e desde então, no ano de 2009.

Dentre os egressos, está José Augusto, da primeira turma de TCE. Ele se formou em 2014, fez Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental  pela UFPB, e, atualmente, faz doutorado na mesma universidade. Além disso tudo, José Augusto, recentemente, foi aprovado no concurso de professor substituto do IFPB – Campus Monteiro. Em entrevista, o, agora, professor José Augusto nos falou um pouco sobre sua história e experiências.

O primeiro questionamento ao professor foi sobre os motivos de ele ter escolhido o TCE: “Eu cursei o primeiro período de licenciatura em física pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) e acabei não me encontrando na profissão, também pela proximidade de casa, além de estudar em uma instituição com  renome e qualidade que é o IF”. Ele contou ainda que sofreu bastante  influência de seu pai na escolha pelo curso: “Sempre gostei da área de construção civil como um todo. Sempre mexi com todo tipo de ferramenta. Meu pai era o faz tudo de casa  e eu sempre estava na cola dele, quando estava fazendo serviço. Eu acho que isso foi uma base para despertar meu interesse pela construção civil”. Devido a tal influência, antes de ingressar no IFPB, José Augusto também fez diversos cursos pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial): de eletricista, serralheiro de ferro e encanador, todos na área de construção civil. Quando falamos sobre sua carreira, o porquê da decisão de se tornar professor, ele nos relatou que também teve influência de casa, pois todos as membros de sua família são professores, exceto seu pai: “Eu sou professor, tenho mais dois irmãos, um irmão e uma irmã… Os dois são professores tambémEles fazem licenciatura em inglês e minha mãe é professora também”.

Questionado se o curso correspondeu suas expectativas, ele nos contou que sim,  porém em partes, porque, na sua época, o curso estava ainda no início e a estrutura não era tão boa quanto atualmente: ”Como a turma pioneira, há seus benefícios e malefícios… Um benefício é que a gente tinha uma ligação com os professores. Com todos os professores que passaram por aqui; tínhamos uma relação muito próxima… De amizade mesmo. E, hoje, muitos são meus colegas de trabalho aqui. E, um malefício foi que, por sermos a turma pioneira, a gente não tinha a estrutura do curso toda formada (ainda), a gente não tinha os laboratórios e isso era ruim”. Hoje, entretanto, o curso de TCE conta com laboratórios de instalações elétricas e hidráulicas, laboratório de construção e topografia.

Durante o mestrado, ele trabalhou desenvolvendo painéis estruturais intertravados com reforço estrutural de bambu ebanca-de-mestrado.jpg teve como orientador o professor Normando Perazzo, um grande nome na pesquisa de materiais de construção sustentáveis.   De acordo com ele, ao iniciar o mestrado, essa falta de laboratórios revelou algumas de suas deficiências: “Tive que sofrer para acompanhar o ritmo da turma”. Mesmo assim, ele conseguiu contornar essas dificuldades, com muita dedicação.

Durante o mestrado, ele trabalhou desenvolvendo painéis estruturais intertravados com reforço estrutural de bambu e teve como orientador o professor Normando Perazzo, um grande nome na pesquisa de materiais de construção sustentáveis.   De acordo com ele, ao iniciar o mestrado, essa falta de laboratórios revelou algumas de suas deficiências: “Tive que sofrer para acompanhar o ritmo da turma”. Mesmo assim, ele conseguiu contornar essas dificuldades, com muita dedicação. 

Além disso,  questionamos sobre qual o seu sentimento ao se tornar professor da instituição onde se formou: “O sentimento é de orgulho. Eu quero contribuir para melhorar (o curso) para as outras pessoas que vão vir”. José Augusto demonstra, como muitos ex-alunos do Campus, que entraram na vida acadêmica, anseio por se tornar um professor efetivo. “Tudo que eu consegui aqui no campus eu quero devolver em forma de trabalho e esforço”. O entrevistado comentou também acerca de possíveis melhorias para o Campus e para o curso de TCE, lamentando a falta de interesse e disponibilidade financeira do governo federal para investir em equipamentos e corpo docente, ao citar, por exemplo, a falta de engenheiros e técnicos de laboratório, para que haja melhoras na a execução de pesquisa e das atividades práticas.

painel-estrutural-desenvolvido-no-mestrado-e1513708801169.jpgTendo sido aluno e atualmente professor de TCE, o entrevistado deu a sua opinião em relação aos atuais alunos do curso. De acordo com ele, graças à estrutura que o campus oferece, existem laboratórios e mecanismos que possibilitam que o aluno se torne um profissional bem qualificado: “Me recordo na minha época, que a gente teve algumas dificuldades com relação à isso, seja para desenvolver projetos ou pesquisas, que a gente não tinha os equipamentos necessários aqui“. Sobre a situação atual dos professores do curso,  foi dito que estes já estão bem maduros e muito qualificados, dando exemplos como as professoras Iracira e Rebeca e o professor Whelson, demonstrando sua admiração e expressando o desejo de que cada vez mais egressos queiram se tornar professores do campus: “Eu espero que no futuro, cada vez mais egressos como eu, passem no concurso e voltem para dar aula aqui, porque faz engrandecer a instituição“.

Em prol dos ingressantes no curso de TCE, o professor foi indagado sobre quais as dicas poderiam ser dadas para essesprojeto-transposic3a7c3a3o-sustentc3a1vel-ifpb-20121-e1513782479234.jpg alunos. Acerca disso, ele destacou a dedicação e bem como recomendou que os alunos se envolvam com o máximo de atividades possíveis como pesquisa, monitoria, entre outras oportunidades, o que pode agregar bastante. Questionado acerca de recomendar o curso ele expôs: “Claro que nenhum curso é perfeito; precisa de suas melhorias. Mas o curso (TCE) já evoluiu bastante comparado à minha época e o profissional em Tecnologia e Construção de Edifícios pode se dar muito bem tanto na área acadêmica, como na área profissional se bem qualificado.”

intercambio-canada-csf-2.jpgPor fim, José Augusto falou ainda sobre a sua experiência com o extinto programa Ciências sem Fronteiras na primeira turma de viagem para o Canadá, onde passou 1 ano e meio fazendo o curso de Engenharia Civil. Segundo ele, essa experiência o fez sentir-se mais preparado, devido à boa estrutura que encontrou e aos  professores com quem teve contato.

Sem dúvida, José Augusto é um exemplo para os alunos de TCE e sua história motivará muitos egressos e alunos. As conquistas de José Augusto também são conquistas do Campus e do curso de TCE e esperamos que ele alcance todos os seus objetivos, para que possamos continuar contando sua história no futuro. Acompanhe a entrevista completa, clicando aqui.