Na manhã desta quinta-feira (12), a XIX Semana de Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia (SECT) do IFPB promoveu duas atividades que celebraram e discutiram o protagonismo feminino: o II Fórum de Mulheres Empreendedoras e o Painel das Mulheres na Ciência e Tecnologia. Ambos os eventos destacaram as conquistas e os desafios enfrentados por mulheres em suas trajetórias profissionais e pessoais.

O Fórum reuniu as palestrantes Luciana Rabay, Simone Farias Moura Cabral e Terezinha Carvalho Fernandes para um diálogo sobre as experiências no empreendedorismo e o impacto da independência econômica na vida das mulheres.

Luciana Rabay, administradora e consultora organizacional, enfatizou que o sucesso no empreendedorismo passa por coragem e resiliência diante dos fracassos. “Muitos negócios podem falir, mas o aprendizado está em lidar com os erros sem desistir. O ideal é empreender por preferência, transformando sonhos em realidade com planejamento e constante atualização”, destacou.

Simone Cabral, psicóloga corporativa e consultora do Sebrae-PB, abordou como atitudes positivas influenciam o ambiente de trabalho e a postura empreendedora. “Encarar os desafios com otimismo ajuda nas relações interpessoais e no desempenho profissional. A transformação começa com autodescoberta e escolhas que promovem bem-estar”, afirmou.

As palestrantes também ressaltaram o papel do empreendedorismo no empoderamento feminino, principalmente como caminho para sair de situações de vulnerabilidade, como a violência doméstica.

Já o Painel das Mulheres na Ciência e Tecnologia reuniu as convidadas Diana Nobre, Flávia Costa, Isabelle Lima e Mônica Paulo, com mediação de Kesia Cristiane dos Santos Farias. Cada participante compartilhou sua trajetória e refletiu sobre os desafios impostos pelo gênero em áreas tradicionalmente dominadas por homens.

Flávia Costa, formada em Telecomunicações pelo IFPB e gerente de projetos, relatou as barreiras enfrentadas ao longo da carreira. “Em muitos ambientes, precisei trabalhar mais para ser reconhecida e ainda enfrentava comentários sutis de descrédito por ser mulher. Apesar disso, perseverei, e hoje incentivo outras mulheres a ingressarem na área de tecnologia.”

A engenheira eletricista Diana Nobre, professora do IFPB, destacou a importância do apoio mútuo entre mulheres. “Desde a universidade, notei as diferenças de tratamento, mas a união entre colegas é essencial para superar o preconceito e incentivar novas gerações.”

Já Mônica Paulo, perita criminal da Polícia Federal, lembrou como a imposição feminina muitas vezes é vista de forma pejorativa. “Quando mulheres são firmes, enfrentam estigmas como ‘histeria’ ou ‘exagero’. Precisamos mudar esse olhar e apoiar nossas colegas.”

O painel reforçou a necessidade de combater o preconceito de gênero e criar espaços que valorizem as mulheres na ciência e tecnologia, promovendo mudanças significativas na sociedade.

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