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Software produzido por pesquisadores do IFPB ajuda a diagnosticar infarto em fases iniciais

A pesquisa já chamou a atenção de estudiosos holandeses. A próxima etapa é o teste em hospitais
por publicado: 12/11/2019 11h44 última modificação: 12/11/2019 14h00

A pesquisa científica proporciona a integração de conhecimentos de diversas áreas com o propósito de solucionar um problema. No campo da Engenharia esse contato com outras áreas é bem comum, porque a Engenharia consegue aplicar diferentes tecnologias em diversos campos do saber. No IFPB não é diferente.

Uma pesquisa desenvolvida por um docente e quatro estudantes de Engenharia Elétrica (um do mestrado e três da graduação) trabalha conhecimentos e tecnologias que serão aplicados para ajudar médicos a diagnosticar precocemente alguns problemas cardíacos.

A pesquisa “Detecção de Infarto Agudo do Miocárdio pela análise automática dos parâmetros extraídos do Vetorcardiograma” utiliza técnicas de processamento de sinais e inteligência artificial para auxiliar os médicos no diagnóstico de infarto em fases iniciais. “Para atingir o objetivo é analisado o Eletrocardiograma e sua projeção tridimensional”, explica o idealizador do projeto, professor Carlos Danilo Regis.

Para isso, foi criado um software capaz de verificar o eletrocardiograma, e a partir dele gerar um sinal tridimensional. Além disso, o programa possui uma técnica de aprendizado que, por meio da inteligência artificial, também faz com que o equipamento vá se aperfeiçoando a medida que mais pacientes são examinados.

O software já foi registrado e a próxima etapa da pesquisa é testá-lo em hospitais do Brasil. “Com esses testes, serão realizados ajustes e a pesquisa poderá começar a auxiliar os médicos, além de ser expandida para outras patologias”, esclarece Regis.

O trabalho conta com a parceria do médico Renato Hotegal, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, hospital de São Paulo. Alguns médicos e odontólogos da UFPB também já fizeram contato para desenvolver as aplicações nas situações que eles necessitam. “Também estamos iniciando conversas com pesquisadores da Holanda que souberam o que está sendo desenvolvido no IFPB e querem trabalhar conosco”, destacou.

Para o pesquisador do IFPB, o trabalho surgiu dentro da visão institucional de que a pesquisa deve criar e aprimorar tecnologias que possam ajudar a comunidade e desenvolver as capacidades dos alunos a criarem soluções que ajudem a sociedade. No caso do trabalho, a sociedade poderá se beneficiar diretamente, porque que os médicos terão à disposição mais informações para fazer o diagnóstico mais preciso do problema do paciente. “Esse projeto também demonstra a alta capacidade que o IFPB (professores, técnicos e estudantes) tem de desenvolver pesquisas de ponta e que o investimento em pesquisa traz retorno para os estudantes e para a sociedade”, completa o docente.

O projeto já tem dois anos de trabalho e está na segunda turma de estudantes de Engenharia Elétrica envolvidos. Um deles é Rafael Duarte, que acredita que se engajar em pesquisas como essa, ajuda a orientar os alunos a definirem em que área pretendem se especializar. “Gostei de ter contato com a parte de estudos sobre modelos do sistema circulatório, justamente a parte de fazer modelagem matemática e com a programação”, ressaltou o estudante. Ele também ressalta que no desenvolvimento de pesquisas é possível colocar em prática conhecimentos vistos durante o curso.

Rafael também se sente bem satisfeito, porque o estudo despertou o interesse de pesquisadores holandeses. “É bem recompensador, porque a gente passa meses desenvolvendo algo e não sabe se vai dar certo. E de repente um pesquisador que é expert da área se interessa por isso”.

 

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