O investimento de tempo e recursos na área de Robótica tem proporcionado bons resultados para o campus João Pessoa. Diversas equipes vem conquistando boas colocações em competições nacionais e internacionais. Repetindo as atuações em torneios organizados pela Universidade de Oklahoma - OSU, o campus da capital paraibana do IFPB conquistou a 2ª colocação na Tercer Mercury Robotic Challenge Latinoamérica (Terceiro Desafio Mercury de Robótica da América Latina).

O evento foi realizado no período de 02 a 07 de abril, na cidade de Bogotá na Colômbia. A equipe Tatu-Guarani, formada pelos estudantes de Engenharia Elétrica Luiz Torres e Manassés Mikael e pelo professor Robério Paredes, participou pela primeira vez da versão do Mercury Robotic Challenge para a América Latina e Caribe. Neste ano o evento contou com a participação de 40 equipes de cinco países: Brasil, Colômbia, México, Estados Unidos e Guatemala.

Segundo os integrantes da Tatu-Guarani, em 2018 o nível da competição foi bem elevado. "A cada ano eles propõem novos desafios e aumentam o nível de complexidade da prova", frisou Robério. Segundo os representantes do campus, todas as equipes estavam muito bem preparadas e o placar geral foi bem apertado, refletindo a qualidade dos competidores.

O primeiro lugar do torneio ficou com a Guatemala, que obteve 60 pontos. A equipe do IFPB alcançou 58 pontos e o terceiro colocado, com 55 pontos, foi da Colômbia. Como premiação, a equipe do campus João Pessoa ganhou um curso da Siemens, que é muito bem conceituado no meio industrial e oferece uma certificação internacional.

Desde 2014, equipes do campus João Pessoa participaram da versão americana do Desafio Mercury, em Oklahoma, quando o campus JP conquistou o prêmio de melhor robô. No ano de 2016, a equipe do campus obteve o melhor resultado e foi a grande campeã. Já em 2017, a competição teve cerca de 30 times competindo e a equipe do IFPB de João Pessoa ficou em 6º lugar.

Competição

O Mercury Robotic Challenge é uma competição de robôs exploradores, cujas provas tentam simular os desafio que robôs enviados em missões espaciais para Marte e outros locais enfrentam. Por isso, os robôs são controlados via internet. A principal finalidade do torneio é fazer com que as equipes construam robôs que sejam capazes de ser controlados a uma distância mínima de 80 km. Nesse ano, os robôs foram controlados de Medellín e os protótipos estavam em Bogotá, a uma distância de 420 km.

"O objetivo da competição é fazer um trajeto, "resgatar uma vítima" e fazer todo o percurso com essa vítima, passando por rampas, túneis, zigue-zague, e outros obstáculos que simulam um ambiente hostil, que um robô explorador encontraria", explicou Luiz.

Para os componentes da Tatu-Guarani participar desse tipo de competição estimula os estudantes a utilizarem diversos conhecimentos e tecnologias como sensores, transistores, câmeras, braço robótico, que no caso da equipe do IFPB possui três articulações.

"A gente coloca em prática tudo aquilo que adquiriu durante o curso e aprendeu nas disciplinas de Engenharia Elétrica, como conhecimentos de controle, instrumentação, lógica de programação. Na realidade, a competição é multidisciplinar e envolve toda a parte de hardware, abrangendo eletrônica, mecânica, mecatrônica, além da parte de software", destaca o estudante Luiz Torres.

Já professor Robério destaca que além de articular diversos saberes, competições como a Mercury também ajudam a desenvolver habilidades como montar estratégias para realizar as provas e proporcionam a troca de experiências com competidores de outros países. E foi justamente esses dois fatores, estratégia e experiência, que levaram ao bom resultado da equipe Tatu-Guarani.

Os representantes do IFPB foram a 15ª equipe a competir e depois da participação deles as outras equipes perceberam qual a estratégia usada pela Tatu-Guarani e os demais competidores passaram a copiá-la. "Nossa estratégia foi muito elogiada pelos organizadores do evento. Como a gente tem uma certa experiência de outras competições, conseguimos traçar uma estratégia que proporcionou esse bom resultado", disse o docente.

Luiz Torres acredita que esse tipo de experiência traz diversos benefícios para quem participa, além de agregar muito valor para a formação do estudante: "Nessa competição a gente teve a oportunidade de ampliar nossa rede de contatos, conhecer professores, engenheiros e novas culturas. Desenvolver atividades paralelas as da graduação ajuda muito na formação acadêmica", ressaltou.

 Confira o vídeo da competição. 

Próximas competições de Robótica

Em 2018, o Campus João Pessoa vai ter representantes participando de outras competições de Robótica como a RoboCup, o Torneio Juvenil de Robótica (cuja sede será o IFPB campus JP) e o Torneio Internacional de Robótica. Esses dois últimos são eventos destinados a estudantes do Ensino Médio.

Comunicação Social do IFPB campus João Pessoa