Você está aqui: Página Inicial > João Pessoa > Notícias > 2016 > 11 > Banco Comunitário é tema de palestra no primeiro dia da XI SCT

Noticia

Banco Comunitário é tema de palestra no primeiro dia da XI SCT

Daniel Pereira e Flávio Gomes dividiram a experiência de implantação do Banco Comunitário de Desenvolvimento Jardim Botânico
por publicado: 23/11/2016 18h10 última modificação: 23/11/2016 22h55

Neste primeiro dia de atividades da XI Semana de Ciência e Tecnologia os participantes tiveram a oportunidade de debater temas diversificados ligados à tecnologia, política, educação ambiental e economia solidária, através de palestras ministradas por pesquisadores do IFPB e de outras instituições. Um delas teve como foco “Bancos comunitários e novas tecnologias”, proferida por Daniel Pereira e Flávio Gomes, membros do Banco Comunitário de Desenvolvimento Jardim Botânico.

Na palestra, foi possível conhecer um pouco da história dos bancos comunitários no Brasil e a função social de cada um deles. Os bancos comunitários são serviços financeiros geridos pela própria comunidade, transformando-se, assim, em instrumentos de organização e estímulo ao desenvolvimento local. Daniel e Flávio dividiram a experiência de gestão do Banco Comunitário de Desenvolvimento Jardim Botânico, criado em 2013, na comunidade São Rafael, com o objetivo gerar envolvimento local sustentável na comunidade.

A proposta do banco consiste em oferecer uma linha de crédito para que o morador possa gastar o dinheiro adquirindo produtos de estabelecimentos comerciais da comunidade. “O morador que precisa de alimento, medicamento e gás de cozinha, por exemplo, pode ir ao banco comunitário e fazer o empréstimo para que possa suprir sua necessidade”, destacou Flávio. Para ter direito ao empréstimo é necessário ser maior de 18 anos, morar na comunidade há mais de um ano e não estar inadimplente, entre outros critérios.  

Incialmente, o Banco Comunitário de Desenvolvimento Jardim Botânico criou uma moeda social designada “Oxente”, mas depois de uma votação realizada na comunidade, foi escolhido o nome “Orquídea” para a moeda alternativa utilizada no projeto.  Atualmente, há um processo de implantação da moeda social eletrônica E-dinheiro, ferramenta de movimentação e transações financeiras via celular, válida nacionalmente.

Em pouco mais de três anos de implantação, o projeto tem proporcionado melhorias na comunidade, na visão de Flávio. “Além da diminuição dos índices de violência, os moradores têm apresentado resultados na questão de finanças pessoais. Sem falar que as pessoas passaram a entender que a comunidade não é somente o que mídia mostra”.

Atualmente, existem cinco bancos comunitários na Paraíba: três em João Pessoa e um nas cidades de Lagoa de Dentro e Pombal. Há, ainda, um projeto em fase de implantação em Remígio.

 

Comunicação Social do Campus João Pessoa

registrado em: