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Ciência também é coisa de mulher

Conheça a história de servidoras do Campus João Pessoa que romperam barreiras e conquistaram seu lugar como pesquisadoras
por publicado: 08/03/2017 13h55 última modificação: 08/03/2017 14h32

Uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) recentemente mostra que as mulheres representam apenas 28% dos cientistas de todo o mundo. É a América Latina que reúne o maior percentual, 45% dos pesquisadores são mulheres. Historicamente, a ciência foi considerada como atividade restrita aos homens, mas ao longo dos anos, a mulher vem provando que pode contribuir e muito para o desenvolvimento do saber científico.

No IFPB-Campus João Pessoa, diversas mulheres destinam suas vidas ao desenvolvimento de pesquisas e à produção do conhecimento, sejam elas integrantes do quadro de docentes ou de técnicos. A professora Silvana Costa, por exemplo, contabiliza mais de 25 anos dedicados à investigação científica na área de Engenharia Elétrica e Telecomunicações. Ela é mestre em Engenharia Elétrica pela UFPB, tem doutorado na mesma área, pela UFCG, e atualmente é coordenadora do Mestrado em Engenharia Elétrica do campus João Pessoa.

Silvana.jpgSilvana conta que quando ingressou na Instituição em 1994, havia somente duas professoras na sua área de atuação e as pesquisas praticamente não existiam. O desenvolvimento de projetos dessa natureza surgiu quando a Escola Técnica Federal da Paraíba tornou-se Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba, em 1999. Ela reconhece que é preciso muita dedicação e perseverança para a mulher trilhar sua vida profissional na investigação científica. “Para nós, sempre vai ser um desafio maior porque temos várias jornadas. Além de desempenharmos as atividades da docência, pesquisar e orientar alunos, temos que cuidar da casa, dos filhos”.

A professora se emociona ao lembrar os obstáculos que precisou superar durante sua jornada, quando, por exemplo, já era mãe de três filhos pequenos e engravidou, enquanto estava no doutorado e lecionando. Apesar das dificuldades, ela reconhece que tudo valeu a pena. “Para as jovens estudantes que sonham em trilhar sua vida profissional na área da pesquisa científica, eu recomendo muita dedicação e perseverança. Não vai ser fácil, mas tudo que a gente faz com amor é gratificante”, ressaltou.  

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A Psicóloga Organizacional Dayse Ayres é uma prova que os técnicos administrativos também podem construir seus currículos na área do saber científico. Com mestrado em Psicologia e doutorado em Psicologia Social, ambos pela UFPB, ela desenvolve pesquisas ligadas a temas como resistência à mudança, psicologia do trabalho e avaliação de desempenho.

Todo o conhecimento científico contribui para o desenvolvimento das suas atividades na Instituição, de acordo com a psicóloga. “Eu convivo com várias pessoas na Instituição de comportamentos diferentes e, hoje, eu consigo lidar melhor com as situações por conta dessa experiência com a pesquisa”. Dayse finaliza destacando que se considera uma mulher realizada, pois conseguiu aliar o amor pela pesquisa com as atividades técnicas. “Deus é tão bom que me colocou numa instituição de ensino, porque eu adoro esse ambiente. Aqui, consigo fazer o que eu gosto, lidar com pessoas e ter qualidade de vida. Por tudo isso, me sinto completa”.

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A professora Elaine Oliveira também é outro exemplo de mulher que vem contribuindo para o saber científico, desta vez, na área de Engenharia da Produção e Gestão de Projetos. A docente tem mestrado na UFPB e doutorado na UFPE, ambos na área de Engenharia da Produção, foi professora visitante do Instituto Tecnologico Y de Estudios Superiores de Monterrey, no México, e atualmente, é chefe da Unidade acadêmica de Gestão e Negócios.

De acordo com a docente, a mulher que se dedica à pesquisa ainda sofre discriminação por ingressar numa atividade dominada por homens. No cotidiano do ofício, nem sempre ela é considerada apta a ocupar cargos de liderança ou trabalhar na área de matemática e programação de computadores, entre outras. “Significa que temos muita luta para vencer este preconceito e, nós mulheres, sermos as responsáveis pelo fim desta ditadura, porque o lugar da mulher é onde ela quiser”.

Para mulheres pesquisadoras que passaram por situações semelhantes, Elaine manda um recado. "Realizem os seus sonhos e que nunca acreditem em alguém que diga que é difícil demais ou impossível para você. O céu é o limite, a vida de pesquisadora é um mundo de desafios e realizações e como tudo precisa ser feito com e por amor".

 

 Comunicação Social do Campus João Pessoa