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Estudantes do IFPB criam dispositivo para ajudar a salvar vidas

Sistema de Diagnóstico Pessoal (Sidipe) foi desenvolvido por alunos de Informática
por publicado: 23/11/2022 15h46 última modificação: 23/11/2022 17h36

A ideia central sempre foi salvar vidas”. É assim que o estudante Gabriel Cardoso Sales, do campus Santa Rita do Instituto Federal da Paraíba resume o Sidipe (Sistema de Diagnóstico Pessoal), um dispositivo criado por ele e mais quatro colegas e que foi exposto durante a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (Secitec), realizada em João Pessoa-PB entre os dias 9 e 12 de novembro.

Orientados pelo professor José Alves, do curso de Informática do Campus Santa Rita, os colegas Jefferson Calixto, Evandro Gomes, Maxwell do Nascimento Silva, Eugeneton Negreiros e Gabriel Sales criaram o Sidipe com o objetivo de auxiliar equipes de assistência em ambulâncias. O trabalho integrou a disciplina “Tópicos Especiais de Informática”.

Esse projeto foi uma ideia que surgiu dos próprios alunos. Na disciplina, a gente implementa projetos, e o grupo veio com essa ideia de fazer um dispositivo que ajudasse enfermeiros numa situação de emergência”, explica José Alves.

Geralmente, o professor dá um problema e a gente encontra uma solução. Nesse caso, a gente quem apresentou o problema, sugerido por um amigo meu, que é oficial do Exército, Laewerton Soares de Oliveira”, comenta Jefferson Calixto.

Estudantes do Campus Santa Rita apresentam dispositivo Sidipe durante a Secitec 2022 (1) - Copia.jpg No processo de busca de soluções, os alunos avançaram na ideia de criar um dispositivo que facilitasse o socorro a pessoas que estivessem inconscientes, sem condições de fornecer informações pessoais à equipe de assistência, especialmente pacientes com diagnóstico de alguma doença.

O Sidipe consiste, basicamente, em ter todas as informações do paciente em um local, que pode ser cartão, chaveiro ou fitas. Pensamos em pessoas com doenças específicas, que podem se cadastrar no portal Gov.br, colocando suas informações de emergência e depois adquirindo o dispositivo”, diz Gabriel Sales.

A ideia é que as pessoas portem o dispositivo e que as ambulâncias possuam um leitor de dados. Assim, podem ser coletadas informações básicas do paciente a ser socorrido, mesmo com o indivíduo inconsciente.

Imagine que aconteceu um acidente com você no trânsito. Você está caído, desmaiado e não tem como dar alguma informação. Alguém da equipe da ambulância pega seu cartão, chaveiro ou fita, aproxima do leitor do dispositivo e carrega suas informações pessoais, como nome completo, tipo sanguíneo, alergia a alimentos, diagnóstico de alguma doença e telefones de emergência de seus familiares”, explica Gabriel Sales. “Isso pode ajudar a salvar muitas vidas”, ressalta o estudante.

Dispositivo começou a ser desenvolvido no segundo semestre

Estudantes do Campus Santa Rita apresentam dispositivo Sidipe durante a Secitec 2022 (3) - Copia.jpg O dispositivo Sidipe começou a ser desenvolvido pelos alunos de Informática do Campus Santa Rita em meados de junho deste ano, e o protótipo ficou pronto no início de novembro. “Não foi fácil chegar a esse ponto, mas eles trabalharam bastante e chegaram a uma versão que é um protótipo funcional. A ideia me pareceu bem inovadora e eu, pelo menos, desconheço algum projeto que seja similar”, afirma o professor José Alves.

O estudante Evandro Negreiros lembra que, no início, ele e os colegas tiveram dificuldades e chegaram a ficar desanimados, pois não encontravam uma solução viável. Até o protótipo atual, foram necessárias muitas e muitas reuniões.

Passamos por muitos obstáculos, mas hoje nos alegramos por termos conseguido chegar nessa etapa. Agora, esperamos o sucesso do projeto. Queremos levar para a frente, para ajudar a população”, acrescenta Evandro. Os próximos passos dos alunos envolvem questões de propriedade intelectual, como o possível patenteamento do Sidipe.

Angélica Lúcio - jornalista do IFPB