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Dia das mulheres é marcado por intervenção artística no Campus Santa Luzia

“Hoje é um dia de luta e não de flores”, diz professora
por Clara Marinho publicado: 08/03/2023 07h44 última modificação: 14/03/2023 08h09
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Alunos do 3º ano em intervenção artística

No dia 08 de março comemora-se o dia internacional das mulheres. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970 e simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência. 

No país onde três mulheres são assassinadas por dia, uma menina ou mulher é estuprada a cada dez minutos, 26 mulheres sofrem agressão física por hora perguntamos se há mesmo o que se comemorar nessa data? A violência contra as mulheres e a misoginia* cresceu e muito nos últimos quatro anos no país, atrelada, segundo pesquisadoras, ao crescimento do movimento político de extrema direita.  

Diante desses dados alarmantes, a professora Deyseane e seus alunos do ano do curso técnico integrado em Informática prepararam uma intervenção artística provocativa e questionadora em alusão 08 de março. O ato consiste em trazer provocações sobre a violência contra a mulher em pontos estratégicos do Campus Santa Luzia. 

De acordo com Deyseane, “O ato simbólico, em alusão ao 8 de março, dia de luta e não de flores, é marcado pela discussão que tem sido construída em sala de aula sobre o combate à violência contra as mulheres e meninas. As mensagens fazem alertas e trazem casos de violência doméstica que aconteceram no país. Junto com as mensagens estão sapatos e roupas de diferentes tamanhos, desde crianças até adultos. O ato visa nos fazer refletir sobre em qual tipo de sociedade a mulher ainda está inserida. Pois o que nós queremos não são flores, mas uma sociedade sem violência e igualitária”, pontuou. 

Empoderamento Feminino 

O empoderamento feminino é um dos termos que mais estão em alta na sociedade. Mas, afinal, o que significa empoderamento? De início, é bom esclarecer que é um ato político, de conscientização para que haja menos diferença entre homens e mulheres na sociedade, alcançando assim a igualdade de gênero. Empoderar-se é o ato de tomar poder sobre si. As mulheres precisam reconhecer que elas são capazes, para então poder começar a fazer mudanças. 

Pensando em uma sociedade mais igualitária que gere frutos positivos na economia, na política e no dia a dia das pessoas, a ONU, Organização das Nações Unidas, criou os Princípios do Empoderamento Feminino. 

Liderança: busca estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero no mais alto nível. Ou seja, que as escolhas dos líderes em uma organização seja justa e igualitária. 

Igualdade de oportunidade, inclusão e não discriminação: incentiva o tratamento igualitário entre os gêneros. Homens e mulheres devem ser tratados de forma justa no trabalho com o mesmo respeito, incentivos e benefícios. 

Saúde, segurança e fim da violência: ele visa garantir a segurança e o bem-estar dos homens e mulheres no mercado de trabalho. 

Educação e Formação: deve-se promover a educação e a capacitação profissional para as mulheres. 

Desenvolvimento empresarial e prática das cadeias de fornecedores: apoiar o empreendedorismo feminino através da escolha dos fornecedores. 

Liderança Comunitária e Engajamento: promover políticas voltadas à comunidade e ao ativismo social a fim de promover a igualdade de gêneros. 

Acompanhamento, medição e resultado: incentiva as empresas e organizações a gerar relatórios sobre os progressos em busca da igualdade de gênero. 

*misoginia é um sentimento de aversão patológico pelo feminino, que se traduz em uma prática comportamental machista, cujas opiniões e atitudes visam o estabelecimento e a manutenção das desigualdades e da hierarquia entre os gêneros, corroborando a crença de superioridade do poder e da figura masculina pregada pelo machismo.   

 Fontes: ONU, Politize!

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