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Curricularização da extensão e Arte e Cultura são os temas das primeiras mesas redondas do Enex

Debates aconteceram na manhã desta terça-feira (21)
por Patrícia Nogueira publicado: 21/09/2021 15h27 última modificação: 24/09/2021 17h08

O segundo dia do 6º Encontro de Extensão e Cultura do IFPB (ENEX) teve início com a apresentação de mesas redondas com debatedores do IFPB e de instituições co-irmãs. A manhã de atividades foi marcada por reflexões que ajudam a compreender um pouco do que é extensão e de como a formação em arte e cultura pode oferecer novas oportunidades de profissionalização . Confira abaixo um resumo dos principais pontos abordados.

A primeira mesa redonda intitulada Curricularização da Extensão: por uma educação socialmente referenciada, contou com a participação de Prof. Me.Tomé de Pádua Frutuoso (IFSC); Dra. Maria José Batista Bezerra de Melo (IFPB); Profª Dra. Eva Maria Campos Pereira (IFPB)  e foi mediada pelo  Prof. Me. Lício Romero Costa. Iniciando com a contextualização da extensão no brasil, o professor Tomé lembrou do caráter assistencialista, e da oferta de cursos e serviços para a comunidade. “Com o passar do tempo, houve um avanço no entendimento sobre a extensão e ela passsa a ter um caráter de dialogicidade, passando a ser uma prática indissociável do ensino e da pesquisa”, afirmou Tomé. O docente defendeu a extensão como parte do currículo dos estudantes dos cursos superiores, conforme versa a resolução do conselho nacional de educação CNE 07/2018.

Josy Batista falou da extensão no IFPB, da indissociabilidade com o ensino e a pesquisa, apresentando uma linha doimage (1).png tempo com marcos históricos sobre o tema e a proposta de uma minuta de curricularização da extensão que está em curso . “A educação não está sob três pilares e sim em um único que une o ensino, a pesquisa e a extensão. A extensão traz uma forma de fazer diferente, uma forma vivenciada dos conhecimentos, o que agrega ao profissional que estamos formando uma dimensão maior do contexto em que ele vive numa perspectiva cidadã”. Toda a proposta de curricularização pode ser encontrada no portal do IFPB junto como todos os materiais que tratam sobre o tema.

Já a terceira debatedora, a professora Eva Pereira abordou sobre a experiência na curricularização da extensão em Cajazeiras e fez reflexões sobre as metodologias de aprendizagem ativa nas práticas educacionais, defendendo que, nessa perspectiva, o aluno seja o centro do ensino e da aprendizagem. A professora falou que a curricularização da extensão é uma tendência de inovação curricular juntamente com outros pilares como a educação inclusiva, a internacionalização, o ensino híbrido, etc. Em cinco anos de estudos sobre as metodologias ativas no Campus Cajazeiras, a professora Eva trouxe a sua experiência para os participantes orientando o fazer pedagógico dos docentes.

Após a exposição, foram abertas as perguntas dos participantes que interagiram, esclareceram dúvidas e trouxeram exemplos práticos de práticas extensionistas.

No final da manhã, às 10h, teve início a segunda mesa temática que tratou sobre “Formação em Arte, Cultura e Produção Cultural: perspectivas para a construção de novas oportunidades de profissionalização na Paraíba e trouxe os seguintes debatedores: Alexandre Santos (UFPB), Andrea Costa (IFRN), Sandro de Lima (IFG). A mediação foi do professor Italan Bezerra do IFPB.

image 14.pngA mesa temática foi norteada na importância de se repensar na formação do artista cultural sobretudo por causa das transformações digitais, acelerada pela pandemia, e do contexto dinâmico em que a sociedade está inserida. “Quem não conseguiu produzir conteúdo nesse tempo, muitas vezes não conseguiu trabalhar, e a pandemia trouxe mudanças no perfil do artista. Essa é uma área que precisa de constante atualização dos currículos, pensando na construção de novas oportunidades”, disse Italan.

A professora Andrea falou sobre a experiência do curso de produção cultural do IFRN, passando pelo seu contexto de criação, conceito do curso, relação com o setor cultural e perspectivas de futuro. O professor Sandro di Lima da UFG contou da sua experiência tanto no ambiente de formação, como nas gestões de políticas públicas de cultura, no cargo de secretário de estado. Ele, no entanto, focou sua fala nos espaços de formação educacional, concluindo com a necessidade de manter os alunos na escola, oferecendo uma educação relevante, abrindo horizontes para a vida e para a profissionalização dos alunos. O último debatedor foi o servidor da UFPB e produtor cultural Alexandre Santos que dialogou sobre formação em produção e gestão cultural, dentro de uma perspectiva de avanço na oferta dessa formação e o papel das instituições de ensino superior. Ele refletiu também sobre as transformações e especializações na área de cultura ao longo dos tempos e a geração de novas produções essenciais para a atualidade.

A programação da tarde no 6º Enex terá continuidade com as rodas de conversa. Acompanhe pelo Youtube. As palestras do turno da manhã, bem como a programação da segunda-feira (20) também podem ser acessadas no canal.