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Mulheres e meninas que fazem ciência no IFPB

Conheça a trajetória de Silvana Costa, Nelma Chagas, Alessandra Figueirêdo, Juliana Bezerra e Nicoly Almeida
por publicado: 11/02/2021 12h38 última modificação: 11/02/2021 13h15

Hoje, dia 11 de fevereiro, é comemorado o dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas-ONU, em 2015, para dar mais visibilidade às cientistas e promover a igualdade de direitos entre homens e mulheres no acesso a todos os níveis de educação.

Iniciativas da sociedade civil e políticas públicas que estimulam o engajamento de mulheres nas diversas áreas da ciência têm provocado uma mudança no cenário nacional. A cada ano, o número de mulheres que se dedicam a pesquisas científicas vem crescendo no Brasil. O censo de 2016 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPq apontou que 50,4% dos pesquisadores, entre doutores e mestres, são mulheres. Esse dado é um reflexo do aumento da participação feminina na Ciência.

No IFPB o total de pesquisadoras em 2020 é de 451 docentes e 725 discentes, o que corresponde a 39% de pesquisadores docentes e quase 50% de discentes do Instituto. No campus João Pessoa são 89 pesquisadoras docentes e 134 discentes.

Conversamos com algumas mulheres do instituto para saber um pouco com tem sido suas jornadas na pesquisa científica e a análise que elas fazem do papel da mulher na ciência.01_SILVANA_POST.jpg

A Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, professora Silvana Costa, contou que seu interesse pela ciência começou com a curiosidade pelo conhecimento científico e foi aprofundado na época da graduação em Engenharia Elétrica, por meio dos programas de iniciação científica. “A participação em dois projetos de pesquisa me proporcionou ótimas oportunidades, além do grande aprendizado”.

Em seguida, a docente ingressou no mestrado, fez concurso público, passou a lecionar no IFPB e entrou no doutorado. Em sua trajetória, ela destaca a oportunidade de compartilhar os conhecimentos adquiridos com os estudantes, orientações de iniciação científica e de dissertações de mestrado. “A pesquisa abre novas perspectivas, retira o véu da ignorância e mostra os horizontes da investigação científica, levando a solução de problemas práticos”, ressalta.

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Outra pesquisadora bastante atuante é professora Nelma Chagas, que atua na área da Construção Civil. Seu interesse pela pesquisa científica surgiu quando fez especialização na área de Engenharia e Segurança no Trabalho, esse foi seu despertar na Pesquisa. “A partir daquele momento comecei a ler uma maior quantidade de artigos científicos e também a iniciar trabalhos de pesquisa com professores do Departamento de Engenharia de Produção da UFPB”.

A docente ingressou no Mestrado em Engenharia de Produção e se dedicou a pesquisas sobre segurança do trabalho em canteiros de obras. “Em seguida entrei no Doutorado em Engenharia de Produção, aumentando ainda mais o meu envolvimento com a pesquisa”. Professora Nelma também ocupou o cargo de Pró-reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFPB por oito anos.

A professora e pesquisadora da área de Química, Alessandra Figueirêdo, conta que na escola já tinha muita curiosidade03_ALESSANDRA_POST.jpg e afinidade com a área das Ciências Exatas. Essa identificação a levou a optar pela graduação em Química. “Sempre fiquei encantada com a possibilidade de pesquisar, descobrir e poder contribuir e inovar com a Ciência”.

Foi também durante o curso de graduação que Alessandra começou sua caminhada científica, como bolsista de Iniciação Científica, durante três anos. Esse engajamento em pesquisas corroborou para que a docente ingressasse no mestrado e no doutorado. “Foram dez anos ininterruptos na UFPB fazendo o que gosto, ciência, até os dias atuais, no curso de Licenciatura em Química, do IFPB Campus João Pessoa”.

No IFPB, o envolvimento com pesquisa começa no Ensino Médio. Foi o que aconteceu com Juliana Bezerra, estudante do curso técnico integrado de Edificações, que já participou de 13 projetos de pesquisa e extensão. “Estar no IFPB me fez ter essa oportunidade e, por isso, sou grata à instituição. Saber que eu sou capaz de colaborar com a comunidade externa 04_JULIANA_POST.jpgpor meio de conhecimentos adquiridos dentro de uma sala de aula é algo completamente único”, revela a discente.

Atualmente, a estudante e um colega participam de um projeto para produzir um e-book, relatando as experiências acadêmicas vividas ao longo dos quatro anos de curso, como o envolvimento em projetos, organização de eventos acadêmicos, apresentações de trabalhos e monitorias. “A pesquisa, o ensino, e a extensão são pilares fundamentais na construção do saber de uma pessoa. Hoje em dia não consigo me ver sem estar ligada a algum projeto, porque isso transforma a vida do aluno”, completa Juliana.

Para Nicoly Almeida, estudante do curso técnico integrado de Informática, seu interesse pela pesquisa surgiu na semana de recepção aos novatos, momento em que o professor Emmanoel Ruffino comentou sobre o grupo de pesquisa "Paideia e Cultura".

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“Até aquele dia, eu nunca tinha ouvido falar em pesquisa científica. Agora, mais de três anos depois, eu já participei de cinco pesquisas científicas, algumas financiadas pelo CNPq e outras pelo IFPB. Com 17 anos já possuo mais de seis artigos científicos publicados”, conta entusiasmada.

Para a Pró-Reitora de Pesquisa alguns pontos são fundamentais para que o número de mulheres nos diversos campos de conhecimentos aumente. O primeiro é começar a incentivar meninas a se interessarem pela ciência no ensino fundamental e dar visibilidade nas escolas a pesquisadoras, sua produção científica e suas conquistas. Para a professora Silvana também é importante a promoção de eventos que destaquem o papel da mulher nas ciências e valorizem sua capacidade.

 

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