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Mesa redonda conscientiza sobre a LGBTfobia no âmbito escolar

Debate fez parte da programação da Semana de Diversidade e Inclusão, na quarta-feira (27)
por publicado: 28/09/2017 15h15 última modificação: 28/09/2017 15h17

Na tarde da última quarta-feira (27), terceiro dia da Semana de Diversidade de Inclusão do IFPB, a mesa redonda “Gênero e Diversidade na Educação” contou com a presença do professor de química Luiz Lima, além do Coletivo Cor Carmin. O docente relatou sua experiência na profissão enquanto gay e drag queen, e como o simples fato de ter o transformismo como hobby, vestindo-se de personagens mulheres, já constitui, aos olhos da sociedade, um fator para colocar sua competência em cheque.

Mais ainda, ele ressalta o papel do professor como formador de caráter, e que o Ministério da Educação - MEC estimula a consciência dos direitos e deveres pessoais e coletivos no âmbito dos locais de moradia e trabalho, na escola, nos organismos políticos, associações etc. “Muitos me perguntam o que professores de áreas que não estejam dentro das Ciências Humanas têm a ver com LGBTfobia. Têm tudo a ver, porque o professor fomenta a discussão sobre cidadania na sala de aula. Se cada um plantar uma semente e semear o respeito, a gente vai viver numa sociedade melhor”, afirma.

Luiz também chamou a atenção para o fato de haverem alguns docentes que ensinam o conteúdo programático fazendo piadas com homossexualidade, ou legitimando o discurso de ódio ao não repreender o bullying praticado em cima de alunos LGBT. No entanto, ressalta que existem grupos que lutam por essas causas. “Que bom que aqui no IFPB existe o Coletivo Cor Carmin para dar apoio a essas pessoas. Vocês não têm ideia de quanta gente abandona a escola por não se sentir acolhido."

Representado o Coletivo, estiveram presentes os alunos Natan, Midian e Lia, do curso técnico de Instrumento Musical. Eles contaram que o grupo surgiu de uma necessidade de dar vozes às minorias sociais e criar um espaço de discussões sobre as causas negra, feminista e LGBT. “Quem tiver curiosidade de conhecer e quiser participar do Coletivo, será bem vindo às nossas reuniões. Também organizamos denúncia de racismo e machismo aqui na Instituição, de forma anônima”, explicou Natan. O professor Luiz completou: “Essas minorias não estão aqui para exigir privilégios, mas sim, direitos que lhes foram negados historicamente.”

Confira as páginas do Coletivo Cor Carmin no Facebook e no Instagram.

 

Comunicação Social do Campus João Pessoa

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