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Racismo, machismo e homofobia são temas de discussões em evento

Atividade foi organizada, na unidade Sede, para os estudantes dos cursos técnicos
por Clébio Melo publicado: 09/02/2018 11h32 última modificação: 16/02/2018 11h23
Evento utilizou espaços como o auditório, salas de aula e o pátio da unidade Sede para os momentos de compartilhamento de opiniões sobre os temas

Evento utilizou espaços como o auditório, salas de aula e o pátio da unidade Sede para os momentos de compartilhamento de opiniões sobre os temas

Respeito foi a palavra de ordem num evento organizado pela turma do 1º ano de Informática do IFPB - Campus Sousa para todos os estudantes dos cursos técnicos integrados. Durante um dia inteiro, alunos e servidores do Instituto Federal discutiram temas bem presentes no dia a dia dos brasileiros: racismo, machismo e homofobia.

A ideia partiu de uma sugestão da professora Aparecida Sobreira, que foi abraçada pelos alunos. "Esses são temas que estão mexendo com todo mundo e eu fico muito preocupada porque a nossa sociedade está doente. Esse é um desafio: não vamos ficar só nisso", disse Aparecida.

Todo o público foi dividido em três grupos, cada um identificado por uma fita colorida presa ao braço dos integrantes. Cada cor representava um tema abordado em sala determinada na unidade Sede. Na de racismo, a estudante Jaciara Saraiva foi quem coordenou as discussões. Ela trabalhou com duas dinâmicas e foi auxiliada com relatos sobre experiências racistas sofridas ou praticadas pelos participantes. Uma das atividades abordou como o discurso que utilizamos diariamente, quase que de forma automática, é repleto de preconceito. Para os estudiosos, não há consenso sobe o conceito do racismo. Frequentemente, ele é associado ao preconceito e/ou discriminação por causa da raça, como explica a legislação brasileira. "Nós não somos obrigados a gostar de ninguém. Nós não somos obrigados a querer que as pessoas gostem da gente. Mas, temos que ter a obrigatoriedade de ter respeito no trato com os nossos semelhantes", destacou, num dos momentos, o diretor-geral do Campus, Eliezer da Cunha Siqueira.

Noutra sala da unidade Sede, os participantes foram convidados a discutir por que o machismo é tão presente na nossa sociedade. O Departamento de Assistência Estudantil foi o responsável pela mediação. O grupo foi convidado a refletir e questionar os motivos de associarmos cores e atividades diferentes a homens e mulheres. A turma também foi provocada a discutir modos que possam reduzir o machismo. Uma pesquisa recente realizada pela ONU Mulheres apontou, em 2016, que 81% dos homens consideram o Brasil um país machista.

Homofobia foi o tema da terceira sala. A professora do curso de Educação Física e de cursos integrados, Gertrudes Melo, pediu que os participantes conceituassem o problema e mediou uma conversa sobre a necessidade do respeito. Segundo o último relatório da ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais), o Brasil está no primeiro lugar no ranking de homicídios de LGBTs nas Américas. "Ao juntarmos nossas turmas dos cursos integrados, nós queremos unidade para compor toda e qualquer luta", enfatizou Tibério de Araújo, coordenador do curso de Informática.

 

Clébio Melo - jornalista do IFPB/Sousa

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