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IFPB vai produzir máscaras de proteção facial no combate ao Covid-19

Polo de Inovação se integrou à rede do Nutes/UEPB para imprimir em 3D material para profissionais da saúde
por Ana Carolina Abiahy publicado: 24/03/2020 18h01 última modificação: 25/03/2020 17h27

O Instituto Federal da Paraíba (IFPB), por meio de seu Polo de Inovação, se uniu à rede do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) para produzir máscaras de proteção facial para os profissionais de saúde que irão trabalhar no tratamento de pacientes com o Covid-19. Os equipamentos do Polo de Inovação, que é ligado à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), estão agora produzindo os componentes para a montagem das máscaras que serão distribuídas gratuitamente.

"Essa é uma das iniciativas do Polo para tentar auxiliar na conjuntura atual de enfrentamento a Covid-19. Podemos, a partir do nosso pool de impressoras 3D do IFPB junto ao Campus João Pessoa e demais, contribuir significativamente na produção de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs", frisou a diretora do Polo de Inovação, Damires Souza.

"Estamos produzindo o suporte para os protetores faciais. Se encontrarmos o material aqui, poderemos fazê-la completa, senão, faremos o suporte e os encaminharemos ao Nutes para a finalização", esclareceu a diretora do Polo de Inovação do IFPB.

O Nutes da UEPB desenvolveu em laboratório o protetor facial que terá a distribuição gratuita aos profissionais de saúde que trabalham em hospitais diretamente com pacientes que apresentam sintomas da Covid-19. A iniciativa do Laboratório de Tecnologia 3D (LT3D)  tem o objetivo de colaborar com os órgãos de saúde neste momento em que todo o mundo está na luta contra o novo coronavírus.

O protetor facial é para ser usado por cima da máscara durante atendimento dos médicos à pacientes infectados pelo COVID-19 em UTIs. Esse protetor é usado por médicos na China e em outros países e dá maior proteção, com ele, os médicos podem usar a máscara por mais tempo. Ele foi desenvolvido pelo engenheiro Rodolfo Castelo Branco, coordenador técnico, e Yasmine Martins, coordenadora do LT3D da UEPB, deve ser usado para a proteção das máscaras, principalmente a N95.

O coordenador de Infraestrutura do Polo de Inovação do IFPB, Michel Dias, explica que duas impressoras em 3D já começaram a produzir os componentes. “Tivemos que montar toda uma logística para não expor as pessoas que estão trabalhando nisso, nesse contexto do Coronavirus. São bolsistas do Polo e do Laboratório Assert, o professor Rafael Ponce está a frente desse projeto”, comentou o professor.

Michel Dias acrescentou que o diretor geral do Campus João Pessoa, Neilor César, também se comprometeu em colocar a disposição mais três impressoras em 3D da unidade. Ele contou que o coordenador de Inovação do Campus Monteiro, Giuseppe de Lima, também entrou em contato pra disponibilizar as impressoras em 3D que existem lá, mas ainda precisam definir a logística de funcionamento.

viseira.jpeg “O maior desafio é conseguir material, o acetato, nesse momento, vamos usar toda matéria-prima que temos e tentar conseguir mais. É um trabalho de formiguinha, fazer parte de uma grande Rede e ajudar”, informou Michel. O IFPB deve produzir a viseira que é a parte impressa em 3D. 

O modelo é inspirado nos modelos da empresa Face Shield. O IFPB entrou na parceria depois de ver o apelo do Protolab 3D, Laboratório de impressão em 3D da UEPB do Campus de Patos. Quem pode entrar nessa rede de colaboração deve fazer contato pelo e-mail: lt3d.nutes@gmail.com  

Ana Carolina Abiahy – jornalista do IFPB (também com material da UEPB e Sect-PB)