Desde o mês passado os cortes nos orçamentos das Instituições Federais de Ensino Superior têm sido discutidos por parlamentares paraibanos. Nesta quinta-feira (13) foi a vez da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizar uma audiência pública para tratar do assunto. O IFPB participou da sessão.

A discussão aconteceu à tarde no Plenário Senador Humberto Lucena, na sede do Legislativo Municipal, no Centro, e reuniu estudantes, professores, gestores e representantes do Tribunal de Contas da União e de sindicatos.

O vereador Marcos Henriques, autor da propositura, criticou o contingenciamento e lembrou que a educação deve ser considerada como um fator promotor da economia. “Um levantamento da Fenafisco revela que a cada um real investido na educação, tem-se um incremento positivo de 1 real e 85 no Produto Interno Bruto do país” disse.

A reitora da Universidade Federal da Paraíba, Margareth Diniz, apresentou os números alcançados pela instituição nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, e ressaltou que educação não é gasto, e sim investimento. A reitora disse que se os cortes foram mantidos a UFPB vai parar em setembro. “Vamos funcionar até quando derem os recursos”.

O Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Manoel Macedo, representou o reitor Nicácio Lopes que está em Brasília. Em sua fala Macedo destacou o crescimento do IFPB no estado e o papel que a instituição cumpre na inclusão social de jovens e adultos. Segundo o Pró-Reitor o bloqueio orçamentário impossibilita a manutenção de serviços básicos e precariza, a partir de setembro, o funcionamento da instituição. “Conclamo que a educação pública continue mobilizada para não permitir que uma concepção de educação excludente, ganhe esse processo de disputa, e se torne hegemônica no país” disse.

Ao final o vereador Marcos Henriques disse que a Câmara Municipal pretende encaminhar um documento a bancada federal paraibana pedindo empenho na luta contra os cortes na educação.

O contingenciamento de R$ 1,7 bilhão do orçamento das Instituições de Ensino Superior (IES) foi anunciado pelo Governo Federal no mês de abril. Somente na Paraíba o bloqueio nos recursos foi de mais de R$ 100 milhões. No IFPB o corte foi de quase 40% no custeio (despesas de manutenção).

DGCOM do IFPB