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IFPB participa de audiência pública para debater cortes na educação

Na ocasião foi anunciada uma reunião com o Ministro da Educação a ser realizada na quinta-feira (30).
por Patrícia Nogueira publicado: 27/05/2019 14h11 última modificação: 28/05/2019 09h29

Uma comissão mista formada por deputados, senador, ministério público, reitores do IFPB, UFPB e UFCG e Associação dos Docentes da universidade (ADUFPB) realizou, na manhã desta segunda-feira (27), na assembleia legislativa, uma audiência pública com o objetivo de debater os cortes nos orçamentos das Instituições Federais de Ensino Superior.

De acordo com um estudo realizado pelas três instituições da Paraíba, o bloqueio soma um total de R$107, 6 milhões, impossibilitando a manutenção de serviços básicos e precarizando, a partir de setembro, os seus funcionamentos.

Na ocasião foi assinada uma nota em defesa da educação pública e contra o bloqueio orçamentário do Governo Federal. Acesse aqui para acessar. O documento enfatiza o papel imprescindível das instituições federais de educação para a superação dos desafios enfrentados pela sociedade e sua importância estratégica.

“Avalio a reunião de hoje como um ato de sensibilidade suprapartidária do parlamento paraibano. Fico imensamente feliz por ver que temos parlamentares sensíveis com a nossa causa. Aqui é a grande vitrine dos anseios populares”, pontuou o Reitor do IFPB Nicácio Lopes sobre a audiência pública.

O gestor assinalou que o objetivo dos reitores é conceber espaços de diálogos: “E assim difundir junto à opinião pública a dimensão do significado das instituições como fator de crescimento social e econômico. Essa visibilidade é importante para que tenhamos a adesão da opinião pública. A agenda é em nível nacional, a sociedade precisa se apropriar da magnitude desse patrimônio e zelar por ele”, afirmou o Reitor Nicácio Lopes.

A Reitora da UFPB Margareth Diniz afirmou que a universidade como um todo está comprometida: “Esperamos que de fato o contingenciamento seja desfeito para que possamos seguir com nossa missão institucional. A UFPB desenvolve ensino, pesquisa, extensão, inovação, inclusão e somos uma universidade comprometida com a sociedade”.

Já o Reitor da UFCG, Vicemário Simões, em seu discurso, ressaltou que a Universidade é um lugar de muitas vozes que visam promover a verdadeira democracia. Lembrou que a classe política deve se unir e fazer um pacto federativo em defesa da educação pública. “Nós devemos esse retorno a sociedade. O bloqueio ou corte inibe várias ações da UFCG. Precisamos manter a educação como um patrimônio mundial e preservar as universidades públicas para os jovens das futuras gerações cursarem o ensino superior”, afirmou.

O reitor Nicácio declarou que acredita que o governo federal possa recuar: “Acreditamos que esse quadro haverá de ser revisto. Caso contrário, a partir de setembro nosso funcionamento será prejudicado. Mas o governo sinaliza uma possibilidade de alteração dessa decisão”.

O IFPB é responsável por oferecer cursos para quase 28 mil estudantes em 21 campi em todo estado. 94% dos cursos superiores estão avaliados com conceitos 5 e 4 pelo MEC. Além disso possuiu 1.031 técnicos administrativos, 1.324 docentes, sendo 380 doutores e 707 mestres. São realizados cerca de 500 projetos de pesquisa e inovação e mais de 60 núcleos de extensão. “Nosso instituto é orgulho para o nosso povo, pois trabalhamos com um bem relevante no campo da imaterialidade que é o saber e o conhecimento que transformam e emancipam vidas. Fazemos um pedido para que o parlamento interceda junto ao governo federal para que possamos filtrar a defesa do funcionamento da nossa instituição”, afirmou Nicácio.

O Deputado Federal Efraim Filho, por solicitação dos reitores apoiados pelo Deputado Ricardo Barbosa, autor da propositura, anunciou o agendamento de audiência com o Ministro da Educação, em Brasília, nesta quinta-feira (30) para tratar sobre o tema.

Vários parlamentares se fizeram presentes na audiência pública e mostraram apoio e parceria à causa, dentre eles, os deputados federais Efraim Filho, Wilson Santiago, Pedro Cunha Lima, e os estaduais Cida Ramos, Estela Bezerra, Ricardo Barbosa, Adriano Galdino e o senador Veneziano Vital do Rêgo. Também participaram da audiência pública representantes de entidades docentes das universidades. 

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