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Da faculdade para o mercado de trabalho e do mercado de volta à faculdade

Dentre os egressos, dois se destacam pela experiência diversificada que eles tiveram no Mercado de Trabalho, são eles: Witalo Albuquerque e Vanderlan Silva. Ambos conseguiram, muito cedo, colocação em empresas da iniciativa privada, mas, hoje, trabalham como bolsistas no SPLAB, um dos laboratórios do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
por publicado: 28/02/2018 08h53 última modificação: 28/02/2018 13h31

O curso superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) – Campus Monteiro foi criado em 2012 [1]. Desde então, o curso possui quatorze egressos (alunos que concluíram o curso).

Dentre os egressos, dois se destacam pela experiência diversificada que eles tiveram no Mercado de Trabalho, são eles: Witalo Albuquerque e Vanderlan Silva. Ambos conseguiram, muito cedo, colocação em empresas da iniciativa privada, mas, hoje, trabalham como bolsistas no SPLAB, um dos laboratórios do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Assim, para relembrar a trajetória deles e conhecer sua realidade atual, os membros do Portal do Egresso os entrevistaram. Durante a conversa, foram identificados vários pontos em comum na narrativa dos dois.

A primeira entrevista foi com Witalo, que é oriundo de Petrolina-PE. Em diálogo, ele contou que sua escolha pelo cursofoto_2.jpg de ADS foi motivada principalmente pela proximidade com a sua cidade natal e pela expectativa de retorno financeiro. Ele conciliava a vida de graduando com uma ocupação profissional como designergráfico, que lhe ajudava a se manter financeiramente em Monteiro e a qual não abandonou, mesmo durante o curso.

O segundo entrevistado foi o egresso Vanderlan Silva. Inicialmente, quando perguntado o que motivou a sua escolha pelo curso de ADS, ele relatou que havia feito um curso técnico de informática na área de programação. Essa experiência, segundo ele, ampliou seus horizontes em relação à profissão que poderia seguir. Quando começou ADS, ele conciliava os estudos com uma ocupação na área de suporte técnico na cidade de Sertânia – PE. Entretanto, após alguns períodos, ele optou por se dedicar inteiramente às atividades do curso.

graduac3a7c3a3o.jpgA exemplo de outros alunos que também concluíram o curso, Witalo e Vanderlan se envolveram com diversas atividades extracurriculares e isso os mantinham no Campus pela maior parte do dia. Como conta Witalo: “Chegava no campus, geralmente às 9:00 horas (da manhã), e saía à noite. Durante o curso, […] eu participei de iniciação científica […], fui do colegiado e […] fui estagiário na TI”. Vanderlan expôs que, após o terceiro período, também vinha todos os dias à tarde para o campus, para cumprir o horário da monitoria ou trabalhar em seu projeto de pesquisa e que, após essas atividades, já ficava para assistir às aulas no turno da noite. Durante a conversa, ambos se mostraram bastante satisfeitos com  a qualidade do curso e as oportunidades que tiveram, enquanto alunos.

Quando questionados se foi difícil encontrar colocação no mercado, numa área altamente competitiva como a de TI, ambos responderam que não tiveram dificuldade e que, antes mesmo de terminarem o curso, já haviam sidos contratados. Vanderlan teve a sua primeira experiência profissional quando ainda cursava o sexto período, após uma entrevista de emprego para uma vaga de desenvolvedor na cidade de Recife – PE. Já Witalo, conseguiu a sua primeira oportunidade na área de tecnologia na  cidade de Campina Grande. Witalo intercalava o trabalho como programador Android, em Campina Grande, com as últimas atividades do curso e isso, segundo ele, tornou a reta final do curso bastante desgastante.

Tanto Witalo quanto Vanderlan entraram no mercado de trabalho pela iniciativa privada, mas, atualmente, os dois são13516668_1075596115894678_2930003019021093353_n-e1509286810147.jpg bolsistas em projetos do SPLAB, onde atuam como Gerente de Projetos e Engenheiro de Software júnior, respectivamente. Outro ponto em comum nas entrevistas foi que, na opinião dos dois, o mercado tem muito a aprender com a forma como a universidade leva seus projetos. Segundo eles, a experiência que tiveram no mercado revelou a desorganização de algumas empresas e o quanto o profissional de TI ainda é bastante desvalorizado. Situação bem diferente da vivida em suas ocupações atuais, no laboratório. Além disso, notaram que, enquanto o mercado cobra assiduidade, quem gerencia o laboratório está mais preocupado com a produtividade.

Vanderlan trabalhou em duas empresas privadas, sendo uma delas uma multinacional e uma outra de menor porte. Nesta última, foram notórias as deficiências na organização da empresa: “a empresa não tinha processo, não era organizada, ficava tudo centralizado em uma pessoa só […] então isso é complicado”. Discorrendo ainda sobre o assunto, ele relatou: “Aqui (na UFCG), o pessoal, como é uma instituição de ensino, tem um zelo por processos, processos de desenvolvimento, gerência”. Witalo também manifestou a sua opinião a respeito dessa temática: “A diferença é que, lá, na empresa privada, […] o planejamento era quase nenhum, a gente não tinha um processo ágil definido, […]  Aqui (na UFCG), a gente têm metas, […] o nível de planejamento é bem maior, é mais organizado e paga melhor”.

ufcg.jpgEm relação a remuneração do profissional de TI, quando perguntado se o profissional era bem remunerado, Vanderlan respondeu: “Bem, eu acho que não. Onde eu trabalhava, lá na primeira empresa que fui trabalhar, o salário era o piso mesmo, o cara achava que ele estava pagando aquilo dali e já estava pagando até demais. Witalo também manifestou a mesma opinião: “Não, não é! A gente que trabalha na UFCG, (nós) “somos abençoados”, porque o nosso piso salarial é muito diferente do piso salarial de quem trabalha na indústria. Um profissional júnior aqui chega a ganhar 3 vezes mais que um profissional da indústria”.

Ambos foram questionados quanto à importância da continuidade dos estudos para o profissional de TI. Conforme essa temática, Witalo respondeu: “É obrigatório para o profissional de TI. O cara que não se atualiza, ele vai ficar (obsoleto), não vai ter oportunidade nova no mercado… É como você disse: no mercado, as coisas vão andando, as tecnologias vão se desenvolvendo e a gente, que é da área, é obrigação nossa estar sempre estudando, sempre se atualizando para continuar sendo um bom candidato ao mercado”. Discorrendo acerca disso, Vanderlan expressou sua opinião: “Bom, o profissional de TI não fica parado no tempo, literalmente. Ele tem que está se atualizando sempre. Uma das coisas por exemplo que eu tive dificuldade foi com frameworks e front-end para desenvolvimento. Lá, (no IFPB) a gente não tinha visto  isso. E, por exemplo, front-end, o mundo de front-end, está mudando constantemente; e, não é um ou dois anos não, de seis em seis meses, tem uma maneira nova de construir aplicações”.

Questionados acerca da qualificação profissional deles, em comparação à outros profissionais com que eles tiveramfoto_4-e1509287074905.jpg contato, mas graduados em outras instituições, ambos se mostraram surpresos com o próprio nível. Para o egresso Witalo, não existem grandes diferenças quanto a essa questão: “se o cara se dedicar ele não perde espaço para ninguém de outra instituição”. Para Vanderlan, o curso de ADS do campus Monteiro é bem estruturado, o corpo docente é bem qualificado, não deixando nada a desejar no quesito preparatório, se comparado à instituições maiores. Porém, o mesmo explica que para obter sucesso o aluno não pode depender apenas do preparo que a instituição oferece, mas “pesquisar por fora”, de acordo com os próprios objetivos e interesses.

Por fim, os dois egressos deixaram dicas aos alunos que estão no curso e aos que pretendem ingressar em ADS. O discurso de Witalo destaca a persistência e a busca por ser o melhor que se pode ser: “busque o conhecimento, mas é o que eu já disse: se quiser entrar nesse curso, se esforce, não fique acomodado, corra atrás, se tem uma lista para fazer, tente. Dá uma pesquisada no assunto para fazer da melhor forma possível,  estude e corra por fora, é basicamente isso, se dedicar ao curso”. O discurso de Vanderlan destaca a importância das atividades complementares na formação: “Façam o curso, participem e se dediquem muito, procurem se envolver em todas as atividades que você tiver oportunidade: em desenvolvimento , pesquisa, extensão e dedicar o máximo de tempo possível que você conseguir”.

13532925_1012303888848046_8544972698931737139_n1.jpgTerminamos este texto parabenizando os dois alunos por seu sucesso e agradecendo pela disponibilidade deles. O sucesso desses egressos é consequência não apenas da formação que tiveram, mas do próprio empenho que demonstraram durante o curso. Fazer o “café com leite” pode levar alguns até o final do curso, mas dificilmente fará estes se destacarem. Fazemos votos que o testemunho dado por eles sirva de inspiração aos demais alunos que fazem parte do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

Esperamos poder contar mais histórias de sucesso profissional com os demais egressos. Além disso, quem tiver interesse em escutar as entrevistas por completo, as duas estão disponíveis, logo abaixo.

Entrevista com Witalo.

Entrevista com Vanderlan