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Campus Itaporanga é destaque em Congresso Internacional de Educação Inclusiva

Alunos do Campus apresentaram três artigos completos sob orientação do professor Marlon Cavalcante
por publicado: 24/09/2018 10h01 última modificação: 24/09/2018 10h01

O III Congresso Internacional de Educação Inclusiva integrado a II Jornada Chilena de Educação Inclusiva e Direitos Humanos aconteceu entre os dias 29 e 31 de agosto de 2018 no Centro de Convenções do Garden Hotel na cidade de Campina Grande – PB. O evento tinha como principal objetivo propiciar uma rica e fecunda discussão, com pesquisadores nacionais e internacionais sobre Educação Inclusiva, enfocando direitos humanos, diversidade e práticas inclusivas. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Itaporanga aproveitou a possibilidade de participar de tão renomado evento através do Professor Marlon Tardelly Cavalcante que teve três artigos completos aprovados sob sua orientação e, em parceria com a intérprete de libras Cristiane Oliveira.

Os referidos trabalhos foram resultados de práticas pedagógicas desenvolvidas nas turmas de 2º e 3º ano do ensino médio integrado ao curso de Edificações. Os alunos responsáveis pelas produções foram Edisandy Bezerra, Joseane Bruna e Sabrina Pereira que evidenciaram o trabalho sobre probabilidade e o jogo de batalha naval numa perspectiva das teorias da gamificação e do Flow. Já os alunos Isaiane Rozado, Anna Nery e William Pereira discutiram as relações existente entre a técnica de esquadrejar na construção civil num enfoque etnomatemático de Ubiratan D’Ambrósio e, por fim, os discentes Janiedson Galdino, Emanuelly Lopes e Vitória Payane mostraram que é possível aprender matemática com a construção de histórias em quadrinhos numa abordagem interdisciplinar, defendida por Ivani Fazenda.

O professor Pedro Gabi, Coordenador do Curso, parabeniza o professor Marlon pelo trabalho desenvolvido e por mais uma oportunidade oferecida aos alunos de nosso campus. Corroborando com a fala de Pedro, os alunos evidenciam a relevância de tamanha oportunidade. A aluna Isaiane Pereira nos afirma que “a participação em um Congresso Internacional é algo que muda totalmente a visão de um estudante de ensino médio, que tem a oportunidade de vivenciar trabalhos de graduandos, mestres, e doutores, no qual se pode ter contato com uma realidade acadêmica diferente da vista em sala de aula. Uma chance de expandir o conhecimento, de construir outras visões e de aprimorar o nosso campo intelectual. Isso nos foi proporcionado pelo IFPB enquanto apoiador do crescimento do seu alunado pra além do ensino comum, e do professor Marlon Tardelly que nos guiou em toda construção do artigo, nos depositou sua confiança e ofereceu uma oportunidade que qualquer estudante se sentiria privilegiado em receber. Uma chance que não só nos aproximou de outras realidades mas que nos fez crescer para o mundo da pesquisa e da exploração. Palavras são poucas pra caracterizar tal momento vivenciado e a gratidão da aluna que vos fala. São momentos como esse que se tornam base para a edificação de um ser humano diversificado e participativo, que busca a cada dia conhecer o mundo que o rodeia e a questionar as ideias que lhe são propostas. Esse é o momento de construir o conhecimento, e vivências como essa são de total diferencial. Ninguém melhor para nos conduzir nesse processo do que o professor Marlon, que mobiliza e incentiva seus alunos para uma educação além do estático, viabilizando valores que constatam a diversificação, o empenho e o compromisso que o mesmo carrega enquanto mediador da criatividade e do ensino”.

A Aluna Edisandy Bezerra destaca que “participar do III Congresso Internacional de Educação Inclusiva sem dúvida nenhuma foi uma experiência motivadora e construtiva a medida que novas perspectivas de ideias e estratégias contidas em debates, palestras e minicursos eram explanadas tendo em comum a proposta de uma manifestação inclusiva efetiva e contínua, e não somente em parágrafos engavetados e inertes de decretos que não chegam a se concretizar realmente no âmbito social. O espaço que foi aberto para alunos do ensino médio participarem e apresentarem artigos científicos é uma iniciativa educativa integradora, que possibilita a nós alunos pertencentes desta categoria vivenciar praticas oratórias, compreender metodologias de pesquisa, além de produzirmos um olhar crítico sobre a produção conceitual e estrutural de trabalhos. Isso tudo corrobora para um delineamento de uma trajetória acadêmica que nos fornece ferramentas para agir com mais clareza e cuidado consigo mesmo e com a sociedade múltipla e diversa que circunda o nosso dia a dia. O evento acima de tudo passou uma mensagem de que incluir não é incorporar os deficientes em atividades sociais por que eles são diferentes, pelo contrário é entender que só existe diferença quando não se há igualdade e que apesar de todos os desafios e contrastes que a vida impõe devemos buscar força em nosso EU e enfrentá-los e dizer um sim para a felicidade e um não para o pessimismo”.

Os trabalhos já estão disponíveis na revista de anais do evento e já tem tomado grandes dimensões. O aluno Felipe Targino que cursa o 3º ano do ensino médio no IFPB – Campus Itabaiana teve acesso a um dos artigos na íntegra e revela que: “A matemática é uma das matérias que os estudantes do ensino médio apresentam dificuldades de aprendizagem, em alguns casos os discentes acabam decorando o conteúdo para utilizar nas horas das avaliações o que acarreta no não aprendizado e esquecimento posterior, comprometendo o desempenho futuro, pois a matemática muitas vezes é uma continuação, um assunto que é visto no primeiro ano vai servir para complementar um assunto dos anos seguintes. Muitos professores usam o método "tradicional" de ensinar o que acaba não despertando o interesse do aluno. No artigo, o professor Marlon Tardelly e seus alunos apresentam uma metologia diferente para ensinar o conteúdo de probabilidade, optando por uma forma mais dinâmica, através do jogo batalha naval, criando competições entre equipes e distribuindo uma camisa tabuleiro e através dessa competição é evidente a curiosidade de seus alunos sobre o conteúdo de probabilidade. O ensino da matemática de uma forma mais dinâmica acaba motivando os alunos a estudar, sendo possível através de jogos simples compreeder um conteúdo que é considerado difícil por nós discentes. Através do artigo acabei descobrindo que a probabilidade se aplicava na batalha naval, um jogo muito jogado atualmente.

Foram três dias intensos e repletos de discussões e reflexões a respeito de uma escola que pode trabalhar num contexto de educação inclusiva e, inserir em suas práticas diárias atividades que considerem a diversidade e multiplicidade de estilos e ritmos de aprendizagem dos alunos. Assim, vivenciar essa experiência ao lado de minhas alunas foi a parte mais prazerosa, desafiadora e contagiante de todo o processo, finaliza o professor Marlon Tardelly Cavalcante.

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Por Marlon Cavalcante.

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