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Discussão sobre legislação ambiental

Professor afirma que de nada adiantam leis se não houver mudança de mentalidade.
por publicado: 28/07/2017 12h34 última modificação: 31/07/2017 15h38

O Campus Cajazeiras promoveu, na noite desta quinta-feira (27), uma relevante discussão sobre a legislação ambiental brasileira, abordando os seus trajetos e avanços históricos, bem como suas aplicações práticas. O evento foi organizado pela professora de história Ana Paula Cruz, juntamente com o coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente, Dimas Andriola.

O palestrante da noite foi o professor de Direito Constitucional e Direito Ambiental da FAFIC – Cajazeiras, Éverton Moraes, ex-aluno do curso técnico em informática do Campus Cajazeiras. Também contribuíram com as reflexões o Secretário Executivo do Meio Ambiente do município, professor José Maria Gurgel; o Coordenador da Divisão de Fiscalização e Licenciamento Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, José Lucas de Souza Abreu e o os professores do Campus Cajazeiras, Luiz Neldecilio Alves Vitor, Eva Maria Campos e Wilza Carla Moreira Silva.

Ao fazer um resgate sobre a evolução histórica das leis que regem o direito ambiental no Brasil, o professor Éverton afirmou que, apesar de ter uma das legislações ambientais mais completas do mundo, o nosso país ainda deixa muito a desejar em termos desenvolvimento, sustentabilidade e consciência em torno da preservação. Segundo ele, para que isso aconteça é necessário haver uma revolução educacional.

 “Momentos como este servirão para que vocês estudantes possam colaborar com a mudança de mentalidade da sociedade, porque pode haver a lei que for, mas se não houver uma revolução intelectual, que se dá através da educação, nada mudará. Vocês precisam combater o analfabetismo ambiental que temos até hoje, para que, sendo mais esclarecidas, as pessoas possam tornar a sua cidade, seu estado, seu país, um local melhor pra se viver”, afirmou o palestrante.

O palestrante trouxe ainda dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), os quais mostram que sete milhões de pessoas, em 2017, ainda passam fome no Brasil, mesmo o País tendo uma safra recorde de grãos este ano. O que mostra, segundo ele, que crescimento não é igual a desenvolvimento e reflete a desigualdade social aqui existente.

A Diretora do Campus Cajazeiras, Lucrécia Petrucci elogiou a inciativa dos organizadores do evento e externou sua alegria em ver um ex-aluno abordando, com tanta propriedade, uma temática tão relevante para a nossa sobrevivência. “Iniciativas dessa natureza nos estimulam a proporcionar mais momentos que fomentem, por meio da reflexão, o crescimento pessoal e profissional dos nossos alunos”.

 

Lidiane Maria – jornalista do IFPB/ Campus Cajazeiras

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