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IFPB Cabedelo tem projeto de testagem rápida no Covid-19 aprovado

Proposta foi aprovada para financiamento em edital do Governo da Paraíba
por Ana Carolina Abiahy publicado: 11/05/2020 18h26 última modificação: 03/11/2021 01h57

Uma nova metodologia para realizar o teste do Covid-19 de forma mais rápida e que detecta o vírus em fase bem inicial. Essa é a proposta da equipe da professora Maria Angélica Ramos da Silva, do Campus Cabedelo do IFPB, que foi aprovada em edital do Governo da Paraíba. O edital organizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) selecionou essa e mais duas propostas com membros do IFPB, uma de Cajazeiras e outra de Campina Grande.

A equipe do Campus Cabedelo coordenada por Maria Angélica conta com a professora Patrícia Fabian de Araújo Diniz, o técnico Dhieggo Glaucio Evaristo Gomes e os estudantes Sarah Alessandra Santos Luna Batista, Ana Maria Barbosa Neves e Matheus Dias dos Santos, todos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Outros dois professores da UFPE, onde Maria Angélica fez seu pós-doc, Antonio Carlos de Freitas e André Luiz dos Santos Jesus, também estão na iniciativa, além da docente da UFPB, Ana Pavla de Almeida Diniz Gurgel.

A proposta aprovada terá recursos de R$ 130 mil para serem aplicados durante nove meses. O objetivo é obter uma técnica a ser empregada para a testagem mais rápida da população e utilizada no começo da infecção. Segundo os proponentes: os testes rápidos atualmente empregados detectam apenas anticorpos e só devem ser utilizados mais tardiamente; até lá, se a pessoa está positiva, sem saber, pode ter infectado outras.

O teste rápido para covid-19 pretende diminuir os custos do SUS, dar mais agilidade ao sistema de detecção e aumentar a quantidade de locais onde possa haver a testagem molecular (a depender da necessidade do sistema). De acordo com a equipe, pode auxiliar, no futuro, na vigilância epidemiológica.

“Dura em torno de 30 a 40 minutos e se a gente conseguir desenvolver o teste, ele pode ser realizado no local de atendimento, como uma UPA, sem a necessidade de levar a um laboratório, claro a depender do interesse e da infraestrutura do Estado. Por ser um teste molecular, ele testa diretamente o vírus, diferentemente dos que estão sendo utilizados, os testes chineses, que detectam anticorpos, o que precisa levar um certo tempo para a análise”, explica Maria Angélica.

A professora Maria Angélica fez toda a sua pós-graduação nessa área de Biologia Molecular. “A proposta foi desenvolvida com o intuito de minimizar os tempos de espera. O teste molecular atualmente requer equipamentos muito caros, reagentes bem caros e um pessoal bem especializado. Essa metodologia que estamos propondo é mais simples, os equipamentos mais baratos”, destaca a docente, que se une às várias ações do Instituto Federal da Paraíba no combate ao Covid-19.

Texto: Ana Carolina Abiahy - jornalista da Reitoria / Foto: fornecida pela equipe